Conjunto habitacional: o conjunto habitacional Caraguatatuba é composto por 48 torres e 940 apartamentos divididos em cinco blocos (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 13h28.
São Paulo - O major da Polícia Militar, Edilson Batista, confirmou agora há pouco que uma pessoa foi detida durante reintegração de posse do conjunto habitacional Caraguatatuba, no bairro de Itaquera, na manhã de hoje (20).
Segundo o oficial, o detido atacou os policiais com pedras e estava incitando um grupo a atirar coquetéis molotov.
Batista relatou que havia resistência de alguns grupos, mas que a ação foi negociada e controlada.
Segundo ele, a polícia teve de tomar atitudes drásticas quando um homem escondido atrás de um obstáculo em um dos prédios começou a jogar líquidos inflamáveis nos policiais.
“Tenho certeza de que quem fez bagunça não foram os moradores e, sim, outros grupos. Nós só agimos porque todas as opções de negociação se esgotaram”, defendeu.
O responsável pela operação confirmou que a polícia arremessou granadas de gás lacrimogêneo e atirou balas de borracha.
Ele explicou que a ação da Polícia Militar se limitou à rua e a desobstruir as vias próximas ao conjunto habitacional. No local, os moradores fizeram barricadas em cinco pontos.
Ele disse que os policiais não entraram nos blocos nem nos apartamentos. De acordo com ele, a situação está controlada e os moradores estão retirando os pertences dos apartamentos.
O major informou que a reintegração de posse está em andamento desde terça-feira. Ele reforçou que a negociação com os moradores foi feita de forma que a retirada fosse pacífica. “Nós levamos as lideranças do local para conversar com o Ministério Público justamente para evitar conflitos porque havia um pessoal que não estava deixando os moradores saírem.”
Batista reforçou ainda que pessoas com necessidades especiais tiveram atenção e foram retiradas em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O conjunto habitacional Caraguatatuba é composto por 48 torres e 940 apartamentos divididos em cinco blocos.
Aproximadamente 5 mil pessoas viviam no condomínio, segundo a Associação de Moradores.
Essa era a maior ocupação de unidades pertencentes ao Programa Minha Casa, Minha Vida na capital, de acordo com a Caixa Econômica Federal, proprietária dos imóveis.