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Uma batalha em Brasília

As manifestações em Brasília pela saída do presidente Michel Temer, contudo, descambaram para a violência nesta quarta-feira. O presidente autorizou o uso das Forças Armadas para “garantia da Lei de da Ordem”. A medida é tão rara que ninguém quis assumir a autoria. A convocação, segundo o governo, partiu do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, […]

PROTESTOS EM BRASÍLIA: A escalada do confronto fez Temer autorizar o uso do Exército para conter manifestantes / REUTERS/Ueslei Marcelino

PROTESTOS EM BRASÍLIA: A escalada do confronto fez Temer autorizar o uso do Exército para conter manifestantes / REUTERS/Ueslei Marcelino

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2017 às 18h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h04.

As manifestações em Brasília pela saída do presidente Michel Temer, contudo, descambaram para a violência nesta quarta-feira. O presidente autorizou o uso das Forças Armadas para “garantia da Lei de da Ordem”. A medida é tão rara que ninguém quis assumir a autoria. A convocação, segundo o governo, partiu do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mas ele respondeu que pediu auxílio da Força Nacional, e não do Exército.

Durante a tarde, o prédio do Ministério da Agricultura teve uma área incendiada. Manifestantes também tentaram invadir o Ministério da Ciência e Tecnologia e da Fazenda. Neste último, com paus e mastros de bandeiras, quebraram o vidro do edifício e foram retirados por integrantes da Força Nacional, que fazem agora um paredão para proteger o local. Outros ministérios foram alvos de depredação. Os prédios foram esvaziados por precaução.

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral contra os manifestantes que devolveram com o lançamento de objetos, como garrafas de água e pedaços de madeira, e ateando fogo em barricadas. O clima quente chegou à Câmara. Parlamentares da oposição criticam a atuação da polícia e tentaram obstruir a sessão da Câmara. Eles ocuparam a Mesa Diretora erguendo uma faixa com os dizeres “Fora Temer” e pediram, em coro, a saída do presidente da República e eleições diretas.

O grupo alegou que, na última quarta, Rodrigo Maia encerrou a sessão cinco minutos após saber das denúncias contra Temer, mas agora manteve os trabalhos com a “praça de guerra” na Esplanada. “Se o próprio presidente da Câmara pediu intervenção federal, como podemos fazer de conta que está tudo bem e simplesmente continuar com os trabalhos na Câmara?”, afirmou o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

Neste momento, 1.200 militares monitoram as ruas da capital.

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