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Um mês depois, roubo à Samsung ainda é um mistério

Bando armado rendeu uma centena de funcionários e fugiu levando sete carretas carregadas com produtos eletrônicos de alto valor


	Painel da Samsung: nenhum dos autores do assalto foi sido preso
 (Daniela Barbosa/EXAME.com)

Painel da Samsung: nenhum dos autores do assalto foi sido preso (Daniela Barbosa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 19h09.

Sorocaba - Um mês depois que um bando armado invadiu a fábrica da Samsung em Campinas (SP), rendeu uma centena de funcionários e fugiu levando sete carretas carregadas com produtos eletrônicos de alto valor, o crime continua um mistério.

Até a tarde desta quinta-feira 7, nenhum dos autores do assalto tinha sido preso, nem a carga, ou parte dela, tinha sido recuperada. A polícia vem mantendo sigilo sobre o caso, com o pretexto de preservar as investigações.

O delegado Luís Segantin, do Departamento de Polícia Judiciária do Estado de São Paulo (Deinter 2 - Campinas), admitiu nesta quinta que os policiais que trabalham no caso se sentem pressionados a apresentar uma solução, mas nada pode ser divulgado.

Ele repetiu o que a polícia vem dizendo desde a semana seguinte ao roubo: que as investigações estão avançadas, mas que não pode dar detalhes. "Qualquer coisa que anteciparmos sobre o trabalho policial pode favorecer os criminosos", afirmou.

De concreto, a polícia tem as imagens de onze possíveis assaltantes captadas pelas câmeras do sistema de segurança da fábrica, já que eles não cobriram os rostos.

A qualidade das imagens foi melhorada em sistemas de edição, mas apenas três teriam sido identificados. A polícia continua à caça dos homens.

A investigação também se concentrou, sem êxito até agora, na localização da carga roubada. Os sete caminhões usados no transporte dos produtos roubados tomaram rumos diferentes.

A conclusão dos policiais é de que o material foi dividido em lotes pequenos e já pode ter sido distribuído.

A ação, que envolveu a tomada de uma van com funcionários, usada para romper a segurança da portaria, foi feita por profissionais, segundo o delegado.

"Foi um trabalho diferenciado, pois sabiam onde estava o material mais valioso e evitaram tudo o que pudesse ser rastreado", disse. Apesar dos cuidados, os criminosos deixaram pistas que a polícia está usando na tentativa de prendê-los.

Mais de 50 pessoas foram ouvidas, entre elas seguranças e funcionários da empresa. Já se sabe que a quadrilha teve informações privilegiadas sobre a rotina na fábrica.

No total, foram levados 34,6 mil itens entre tablets, smartphones e notebooks, causando à Samsung um prejuízo de R$ 20 milhões.

O roubo é considerado um dos maiores contra fábricas no Estado de São Paulo. Procurada, a Samsung não se manifestou sobre o caso.

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