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Turistas passam o carnaval em Brasília

De acordo com o livro de visitantes da casa, foram 896 visitantes ao Congresso Nacional no sábado, 1.473 no domingo, e praticamente 700 hoje até o início da tarde

Turismo no Congresso Nacional: pessoas de todo o Brasil vão conhecer instituições políticas (Fábio Pozzebom/ABr)

Turismo no Congresso Nacional: pessoas de todo o Brasil vão conhecer instituições políticas (Fábio Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 14h59.

Brasília – Nem bloco de rua nem escola de samba. Em época de carnaval, o que empolga os turistas que visitam Brasília é mesmo o turismo cívico: seja para conhecer os palácios onde as principais decisões políticas e econômicas do país são tomadas, seja para conhecer os monumentos arquitetônicos que tornam a capital brasileira tão ímpar. Só no Congresso Nacional foram registrados, de sábado (5) até hoje (7) ao meio-dia, mais de 3 mil visitantes.

“Poucas vezes vi tantos turistas por aqui. Isso deixa a gente impressionado por saber que Brasília é uma cidade que não tem tanta tradição para o carnaval [se comparada a outras cidades]”, disse Higino Vieira, funcionário da área de Tecnologia da Informação no Senado. Nos finais de semana e feriados, Vieira costuma trabalhar também como guia para os turistas que visitam o Congresso Nacional.

De acordo com o livro de visitantes da casa, foram 896 visitantes ao Congresso Nacional no sábado, 1.473 no domingo, e praticamente 700 hoje até o início da tarde.

A poucos metros do Congresso Nacional – se protegendo da chuva, no Centro de Atendimento ao Turista localizado entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) – estava a família De La Cruzo, de Rio Claro (SP).

“Viemos a Brasília para fugir do carnaval e para realizar um sonho antigo que temos desde o momento que vimos uma matéria especial sobre Brasília em uma revista”, justifica Salvador de La Cruz, 41 anos. “Pulo nesse carnaval só mesmo o das crianças em cima da cama do hotel”, brinca.


“Como chegamos na sexta-feira, tivemos tempo para, além do turismo cívico, passear de barco no Lago Paranoá e conhecer o zoológico da cidade”, acrescentou ele, que estava acompanhado de dois filhos, de 7 e 3 anos, e da esposa Inara Regina de La Cruz, 40.

Regina, por sinal, se disse impressionada com a limpeza, a organização e a tranquilidade da cidade. “A estrutura também surpreende. Tudo é amplo e ao mesmo tempo próximo. Estávamos em um shopping popular e, em menos de cinco minutos, já estávamos na Esplanada [dos Ministérios]”, disse a matriarca da família que, pela primeira vez, visita a capital federal.

“O trânsito daqui também é bastante interessante pela lógica e pela tranquilidade. Por aqui é mais fácil dirigir sem o GPS, já que há situações em que, para irmos a um lugar situado à esquerda, temos, antes, que dobrar à direita”, acrescentou Salvador após garantir ter se adaptado a situações típicas da cidade, como parar na faixa de pedestre ou dar a preferência nos balões.

Os elogios à capital dão lugar, então, a uma crítica: “Infelizmente não conheceremos o Memorial JK porque, em pleno carnaval, ele está fechado”, lamenta. “Fomos informados de que o Memorial só abrirá na quinta-feira, após o feriado. O problema é que nossa viagem de volta está marcada para a quarta-feira”.

Para o empresário Otacílio Nogueira Júnior, de Belo Horizonte (MG), Brasília chama atenção pelas sensações que causa: “É o lugar mais diferente que eu já vi”, disse o turista à Agência Brasil em meio à visita que fazia à Câmara dos Deputados.

“É uma cidade limpa e organizada, diferente daquilo que esperamos de uma capital metropolitana. Além disso, tem monumentos arquitetônicos que não se vê em nenhum outro lugar”, completou.

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