Brasil

TSE diz que buscará verbas no Congresso para voto eletrônico

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que o corte anunciado hoje pelo governo compromete a votação eletrônica nas eleições de 2016


	O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli: contingenciamento “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”, segundo nota
 (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil)

O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli: contingenciamento “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”, segundo nota (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 17h07.

São Paulo - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que o contingenciamento anunciado pelo governo federal nesta segunda-feira compromete a realização de votação eletrônica nas eleições municipais do ano que vem e que o presidente do tribunal, Dias Toffoli, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, trabalharão para que o Congresso libere as verbas necessárias para realização do pleito.

Mais cedo, portaria publicada no Diário Oficial assinada por Toffoli, Lewandowski e por representantes dos demais tribunais superiores, afirmou que o contingenciamento “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”.

Em nota nesta tarde, o TSE afirmou que deverá deixar de receber 428,7 milhões de reais com o contingenciamento, "o que prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo ano".

De acordo com a corte, o maior impacto será sobre a licitação já em andamento para aquisição de urnas eletrônicas, que tem despesa estimada de 200 milhões de reais e, de acordo com o TSE, prevê a contratação "imprescindível" até o final de dezembro.

"A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas têm prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais", afirma a nota. "Na espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer, ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016." A nota do TSE garante, ainda, que tanto Toffoli quanto Lewandowski "irão envidar todos os esforços no Congresso Nacional para que as verbas devidas sejam autorizadas, a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem".

O governo da presidente Dilma Rousseff tinha até esta segunda-feira para publicar o decreto sobre o contingenciamento, já que o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano, prevendo déficit em vez de superávit. Com isso, o Executivo se viu obrigado a indicar cortes.

A votação estava prevista para quarta-feira da semana passada, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada esta terça-feira. 

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalCongressoEleiçõesTSE

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo