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A Caixa Econômica Federal teve alta de seu lucro em 114,5%. O valor líquido disparou para 3,2 bilhões de reais no primeiro trimestre

Resultado: subida é influenciada pelo avanço no resultado bruto da intermediação financeira, pelo crescimento nas receitas com prestação de serviços e pelo forte recuo nas despesas administrativas (Carlos Barria/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2018 às 07h17.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 08h01.

Lucro dispara

A Caixa Econômica Federal informou, nesta quinta-feira, que seu lucro líquido disparou para 3,2 bilhões de reais no primeiro trimestre. A alta foi de 114,5% em relação ao mesmo período do ano passado, influenciada pelo avanço no resultado bruto da intermediação financeira, pelo crescimento nas receitas com prestação de serviços e pelo forte recuo nas despesas administrativas. De janeiro a março, houve avanço de 21,9% no resultado bruto, influenciado pelo recuo de 41,2% nas despesas de captação e pela redução de 27,7% nas despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa. Além do lucro, o banco informou que o índice de inadimplência da Caixa chegou ao fim do período em 2,9%, um aumento de 0,07 ponto percentual sobre março do ano passado. A Caixa desistiu neste mês de acessar até 15 bilhões de reais de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para fortalecer a posição de capital, em acordo com o Ministério da Fazenda.

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Exportação aprovada

A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) declarou, nesta quinta-feira, que o Brasil está livre de febre aftosa com vacinação. A declaração, que o governo tem esperado desde o início do ano, estende a certificação para o país inteiro e permite a expansão das exportações do país. Em Paris, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a mudança permite que o Brasil negocie com mais países, como a China, que é um dos principais mercados em potencial, e o Japão, que não compra carne do Brasil devido ao risco de doenças. Maggi disse que lançou um programa que visa ter o país todo livre da febre aftosa sem vacinação até 2023. Apenas um estado brasileiro, Santa Catarina, tem essa condição até o momento.

Recuperação a caminho

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, um pedido de recuperação judicial da concessionária do Aeroporto Viracopos Brasil, que administra o terminal de Campinas (SP), foi deferido pela juíza Bruna Marchese e Silva, da 8.ª Vara Cível, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A dívida da companhia é de 2,9 bilhões de reais. O prazo para apresentação do plano de recuperação é de 60 dias. A juíza nomeou a consultoria Deloitte como administradora judicial da concessionária, que tem entre seus sócios a Infraero e duas investigadas na Lava-Jato: UTC e Triunfo. A concessionária vive um impasse: pediu para devolver a concessão do aeroporto, mas não conseguiu fazê-lo por falta de decreto para regulamentar o tema.

Ofertas adiadas?

A apresentação de eventuais novas ofertas para aquisição da Eletropaulo pela italiana Enel e pela Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, que têm travado uma disputa pela compra da distribuidora paulista, deverá acontecer apenas em um leilão agendado para 4 de junho, e não mais nesta quinta-feira, conforme previsto anteriormente, segundo informações da Eletropaulo em fato relevante. A Eletropaulo disse que recebeu notificação da Neoenergia sobre uma decisão da 2.ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Foro da Comarca de São Paulo que estabelece as regras para a concorrência pela Eletropaulo. De acordo com a decisão, o leilão em 4 de junho terá Enel e Neoenergia competindo pelo melhor preço, “juntamente com eventuais terceiros que tenham manifestado o seu interesse nessa data”. Pelas regras anteriores, Enel e Neoenergia deveriam apresentar suas últimas propostas pela aquisição na noite desta quinta-feira e só poderiam efetuar novos lances pela Eletropaulo em 4 de junho caso surgisse um lance de uma terceira companhia pelo ativo.

Delúbio entregue

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares se entregou nesta quinta-feira à Polícia Federal em São Paulo. O petista se apresentou à polícia depois que o juiz federal Sergio Moro determinou sua prisão, na noite da quarta-feira 23. Mais cedo, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negou o último recurso da defesa do petista. Moro autorizou que Soares comece a cumprir em Brasília sua pena de seis anos de prisão por lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava-Jato. Ele deve passar a noite na sede da PF e ir para Brasília na sexta-feira 25.

Mais tempo para Aécio

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prorrogação por 60 dias de um inquérito no qual são investigados os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB mineiro. O ministro atendeu a pedido da Polícia Federal, reforçado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que alegou ser preciso mais tempo para inquirição de testemunhas e perícias em provas. A investigação apura, com base nas delações da Odebrecht, supostos pedidos de repasses irregulares que Aécio teria feito a executivos da empreiteira para a campanha de Anastasia ao governo do estado em 2010. Ambos os senadores negam qualquer irregularidade nas doações. Esse é um dos sete inquéritos que tramitam no STF contra Aécio. Ele também é réu em uma ação penal na Corte relativa à empresa JBS.

Dissidências militares?

Um levantamento do grupo de direitos humanos da Venezuela, Foro Penal, revelou que, durante as eleições do país, pelo menos 15 oficiais militares foram presos. Segundo a organização, os oficiais foram detidos por “razões políticas” três dias antes da votação de domingo, na qual o presidente Nicolás Maduro foi reeleito. O grupo de direitos humanos não forneceu mais detalhes sobre as prisões ou suas motivações, mas denunciou a existência de 373 “prisioneiros políticos” no total na Venezuela. O governo Maduro rejeita esse termo, dizendo que todos os políticos e membros das forças de segurança presos foram detidos por acusações criminais legítimas, incluindo conspiração para golpe.

“No tengo culpa”

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou, nesta quinta-feira, ele não deve ser culpado pela crise econômica do país. Apresentando suas credenciais na Assembleia Constituinte pró-governo – após ter sido reeleito -, Maduro afirmou que responsabilizá-lo pelo colapso econômico da Venezuela é uma “simplificação estúpida”. Além disso, ele prometeu aumentar a produção de petróleo e abrir diálogo com líderes empresariais. Maduro venceu as eleições de domingo que críticos nacionais e estrangeiros apontaram como uma fraude cimentando sua autocracia, num momento em que a nação rica em petróleo está sofrendo com escassez cada vez maior de alimentos, crises de saúde e emigração em massa. Na Assembleia, Maduro prometeu aumentar a produção de petróleo da Venezuela, atualmente na mínima em mais de 30 anos, em 1 milhão de barris por dia neste ano, mas não deu detalhes. Ele disse que instruiu o major-general Manuel Quevedo, ministro do Petróleo e presidente da petrolífera estatal PDVSA, a procurar a Opep, a China e a Rússia, e também as nações árabes, se precisar de ajuda.

Não vai ter encontro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou nesta quinta-feira o encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O esperado encontro — que redefiniria a relação diplomática entre os países — estava marcado para o dia 12 de junho, em Singapura, mas foi cancelado pelo líder americano, que classificou como “uma oportunidade perdida”. O cancelamento ocorreu um dia após o governo da Coreia do Norte ter criticado uma fala do vice-presidente americano, Mike Pence. Em entrevista ao canal FoxNexs, Pence comparou a Coreia do Norte, um “Estado de armas nucleares”, com a Líbia, onde Muammar Gaddafi abriu mão de seu ainda não terminado programa de desenvolvimento nuclear, depois sendo assassinado por combatentes apoiados pela Otan. Além da crítica, o governo da Coreia do Norte ameaçou desistir da cúpula com Trump, e afirmou estar pronto para um confronto nuclear com Washington se for necessário. Segundo Trump, a decisão foi “baseada na raiva e na aberta hostilidade exibida na declaração norte-coreana”.

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