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Tripoli vê "com naturalidade" possível apoio à recondução de Maia

A efetivação do apoio, no entanto, depende do anúncio formal da candidatura de Maia, o que ainda não ocorreu

Maia: Tripoli e seu antecessor na liderança do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), almoçaram nesta quarta-feira com o presidente da Câmara

Maia: Tripoli e seu antecessor na liderança do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), almoçaram nesta quarta-feira com o presidente da Câmara

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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 17h48.

Brasília - O novo líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), disse nesta quarta-feira ver com naturalidade um apoio de sua bancada à possível recondução do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao posto, lembrando que a aliança entre seu partido e o DEM é "antiga".

A efetivação do apoio, no entanto, depende do anúncio formal da candidatura de Maia, o que ainda não ocorreu, e de consultas aos integrantes da bancada tucana na Câmara, pondera o líder.

"Eu veria com muita naturalidade esse apoio", disse Tripoli a jornalistas. "Ele precisa colocar a candidatura dele e eu preciso consultar a bancada."

Tripoli e seu antecessor na liderança do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), almoçaram nesta quarta-feira com o presidente da Câmara.

Imbassahy, que já nutriu o desejo de ocupar o posto de Maia no passado, deve ser anunciado como o novo ministro da Secretaria de Governo em uma minirreforma que o Planalto prepara para remanejar a correlação de forças dos partidos que o sustentam e acalmar eventuais descontentamentos por conta da disputa.

Oficialmente, o governo tem repetido que não irá interferir em uma questão interna da Câmara.

Maia avalia a questão política --mais precisamente o número de votos e como cada bancada se comportará-- para oficializar a candidatura.

Mas tem dito que não há impedimento jurídico para disputar o posto, ainda que adversários tenham provocado o Supremo Tribunal Federal (STF) a se manifestar, já que o texto constitucional veda a reeleição para a presidência da Câmara na mesma Legislatura.

Maia argumenta que não há proibição expressa na Constituição para o seu caso, já que assumiu o cargo para um mandato tampão.

"Quando ele tiver certeza ele vai anunciar", disse Tripoli. "Hoje ele está caminhando neste sentido."

A contabilidade eleitoral levará em conta eventual pulverização de votos, já que outros candidatos --inclusive da base-- estão na disputa.

Esse é o caso do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), duas importantes lideranças do centrão, força política na Câmara que reúne mais de dez partidos da base e quase 200 deputados.

O grupo político de Rosso e Arantes, aliás, não ficou nada satisfeito com os rumores de indicação de Imbassahy para a Secretaria de Governo, ainda sem data para ser oficializada, porque o movimento amplia a fatia tucana no primeiro escalão e foi visto como uma forma de abrir o caminho para a reeleição de Maia.

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