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Trigêmeos passam juntos no curso de Medicina

Irmãos de Salvador sonhavam desde pequenos em se tornarem médicos e passaram juntos no vestibular para o mesmo curso por meio do Sisu

Medicina: trigêmeos passam juntos no vestibular para o mesmo curso

Medicina: trigêmeos passam juntos no vestibular para o mesmo curso

Bárbara Ferreira Santos

Bárbara Ferreira Santos

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 18h10.

São Paulo -- Trigêmeos de Salvador, na Bahia, foram aprovados juntos no curso de Medicina por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a seleção de vagas em universidades públicas do país.

Amanda, Ingrid e Giovanni Nogueira, de 18 anos, sonhavam em fazer o curso desde que eram crianças. Escolheram a carreira mesmo sem ter nenhum parente próximo médico, algo comum em famílias em que irmãos decidem por essa profissão.

"A gente nunca combinou nada. Nós temos a mesma aptidão para a área de Ciências Naturais, então, quando a gente foi amadurecendo, cada um decidiu que era isso que queria fazer", contou Ingrid.

Os dois irmãos mais velhos dos trigêmeos optaram por fazer Arquitetura. O mais velho, de 28 anos, já é formado na área enquanto a irmã de 26 anos está na faculdade.

Segundo Ingrid, o gosto por Medicina surgiu após os trigêmeos acompanharem os cuidados médicos prestados ao avô, que morreu há seis anos. "A gente viu o processo de envelhecimento do meu avô e, desde que éramos pequenos, íamos aos médicos com ele", disse a jovem.

Ela e o irmão Giovanni passaram na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) enquanto Amanda foi aprovada  para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Os trigêmeos ainda aguardam a próxima chamada na UFAL com a expectativa de que Amanda possa conseguir uma vaga e os três passem a estudar juntos. "A nota da Amanda ficou muito perto da nota de corte da primeira chamada da UFAL, então a gente acha que ela vai conseguir", afirmou Ingrid.

Os irmãos estudaram no Colégio Militar de Salvador, escola que possui um sistema rígido de seleção e forte ensino. Ingrid e Giovanni foram selecionados no 5º ano do ensino fundamental para entrar no colégio enquanto Amanda conseguiu uma vaga no ano seguinte aos irmãos, o que fez com que ela se formasse no ensino médio depois.

"Eu e o Giovanni estávamos no cursinho quando ela estava terminando o 3º ano [do ensino médio], então ela se preparou por muito mais horas, se esforçou e conseguiu por mérito dela passar junto", contou Ingrid.

Além de cursarem Medicina ao mesmo tempo, os trigêmeos pretendem seguir trabalhando juntos no futuro. "Os planos são para abrir uma clínica, crescer juntos", disse Ingrid.

Ela contou ainda que eles não têm certeza sobre que especialidade devem seguir. "Amanda e Giovanni falam em Obstetrícia, mas eu ainda não pensei nisso porque todo mundo que eu conheço que faz Medicina diz que muda de ideia na faculdade", afirmou a jovem.

Ela explicou ainda que eles pretendem prestar o Enem novamente neste ano, para tentar uma vaga na Universidade Federal da Bahia (UFBA), que fica em Salvador, cidade onde a família dos trigêmeos mora.

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