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Trânsito no Brasil mata 13 vezes mais do que em países ricos

Estudo da USP de São Carlos mostra que, em 2008, houve 57 mortes por bilhão de quilômetros rodados no Brasil; na Suécia, este índice foi de 4,4 mortes

Segundo a pesquisa, países mais pobres priorizam outras áreas que não a infraestrutura das vias (Fernando Moraes/Veja São Paulo)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 12h17.

São Paulo - Uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos de Segurança do Trânsito (Nest) da USP de São Carlos, em São Paulo, mostra que o risco de morrer em um acidente de trânsito no Brasil chega a ser até 13 vezes maior do que nos países desenvolvidos como a Suécia.

Para chegar a este resultado, os pesquisadores utilizaram números de mortos no trânsito divulgados pelo Ministério da Saúde e órgãos equivalentes de outros países. A quantidade de vítimas fatais foi dividida pelo total de quilômetros rodados (em bilhões) nas estradas do país, chegando ao número-índice.

Em 2008, último ano com todas as informações disponíveis, o Brasil apresentou uma média de 57,72 mortes por bilhão de quilômetros rodados. Situação bem diferente do que foi observado na Suécia, por exemplo, onde a média foi de 4,40 mortes.

"O Brasil está em uma situação gravíssima, com um índice de mortes por bilhão de quilômetros", diz o professor Coca Ferraz, coordenador do estudo. Ele explica, entretanto, que os resultados não foram surpreendentes. Segundo o professor, quanto menor a riqueza do país, maior o índice de mortes no trânsito.

Isto acontece porque, nas economias em desenvolvimento, algumas necessidades básicas da população ainda não foram supridas. Boa parte do investimento dos governos é direcionada para melhorar as condições de saúde, educação, alimentação e saneamento. Assim, obras de infraestrutura como a construção e conservação de vias perdem posições na lista de prioridades.

Veja os índices de mortes no trânsito por bilhão de quilômetros rodados em diferentes países:

Fonte: Nest-USP São Carlos
PaísMortes por bilhão de quilômetro rodado
Brasil57,72
França7,80
Japão7,70
EUA7,10
Alemanha6,00
Reino Unido4,60
Suécia4,40

O mesmo raciocínio usado para os países, segundo Ferraz, pode ser aplicado aos estados brasileiros. O estudo do Nest mostra que os estados do Nordeste, mais pobres, têm índices maiores de mortalidade no trânsito se comparados aos do Sul e Sudeste.

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São Paulo - Uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos de Segurança do Trânsito (Nest) da USP de São Carlos, em São Paulo, mostra que o risco de morrer em um acidente de trânsito no Brasil chega a ser até 13 vezes maior do que nos países desenvolvidos como a Suécia.

Para chegar a este resultado, os pesquisadores utilizaram números de mortos no trânsito divulgados pelo Ministério da Saúde e órgãos equivalentes de outros países. A quantidade de vítimas fatais foi dividida pelo total de quilômetros rodados (em bilhões) nas estradas do país, chegando ao número-índice.

Em 2008, último ano com todas as informações disponíveis, o Brasil apresentou uma média de 57,72 mortes por bilhão de quilômetros rodados. Situação bem diferente do que foi observado na Suécia, por exemplo, onde a média foi de 4,40 mortes.

"O Brasil está em uma situação gravíssima, com um índice de mortes por bilhão de quilômetros", diz o professor Coca Ferraz, coordenador do estudo. Ele explica, entretanto, que os resultados não foram surpreendentes. Segundo o professor, quanto menor a riqueza do país, maior o índice de mortes no trânsito.

Isto acontece porque, nas economias em desenvolvimento, algumas necessidades básicas da população ainda não foram supridas. Boa parte do investimento dos governos é direcionada para melhorar as condições de saúde, educação, alimentação e saneamento. Assim, obras de infraestrutura como a construção e conservação de vias perdem posições na lista de prioridades.

Veja os índices de mortes no trânsito por bilhão de quilômetros rodados em diferentes países:

Fonte: Nest-USP São Carlos
PaísMortes por bilhão de quilômetro rodado
Brasil57,72
França7,80
Japão7,70
EUA7,10
Alemanha6,00
Reino Unido4,60
Suécia4,40

O mesmo raciocínio usado para os países, segundo Ferraz, pode ser aplicado aos estados brasileiros. O estudo do Nest mostra que os estados do Nordeste, mais pobres, têm índices maiores de mortalidade no trânsito se comparados aos do Sul e Sudeste.

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