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Transferência de Lula só pode ser autorizada na Justiça, diz Jungmann

Jungmann também negou que concordaria em flexibilizar regras de visitas ao ex-presidente, como chegou a relatar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann

Raul Jungmann: "Um imóvel público não pode fechar as portas às autoridades e aqueles que as representam. Agora, visita é com o juiz, não é conosco" (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2018 às 17h37.

São Paulo - O ministro da Segurança Pública , Raul Jungmann , disse nesta terça-feira, 10, que a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), para uma sala de Estado Maior em repartição militar, como avalia pedir a defesa do petista, depende de autorização unicamente da Justiça. Segundo o ministro, não há como o Executivo interferir no assunto.

"Quem concede esse direito, exclusivamente e privativamente, é a Justiça ... O governo não tem nenhuma ingerência nessa questão", afirmou Jungmann, em entrevista dada a jornalistas após se reunir com secretários estaduais de segurança pública durante visita a uma feira de armamentos, equipamentos e dispositivos de segurança organizada na zona sul da capital paulista.

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Jungmann negou que concordaria em flexibilizar regras de visitas ao ex-presidente, como chegou a relatar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. "Visitas ao presidente Lula só quem pode autorizar é o juiz", disse o ministro, esclarecendo que deu aval apenas para que governadores, parlamentares e líderes petistas possam ir à Polícia Federal. "Um imóvel público não pode fechar as portas às autoridades e aqueles que as representam. Agora, visita é com o juiz, não é conosco".

O ministro disse ainda que, por dever do cargo de chefe institucional da Polícia Federal, teve que manter contatos com representantes da Justiça, da defesa de Lula, incluindo o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, e do próprio governo nas negociações em torno da entrega do petista, que se instalou na sede do sindicato dos metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, após ter ordem de prisão decretada pelo juiz Sergio Moro. Jungmann assinalou, porém, que não teve durante as negociações contatos nem com Lula, nem com Moro.

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