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Trabalhadores paralisam obras de infraestrutura no Rio

Paralisação ocorre como forma de protesto contra a falta de avanço nas negociações por melhores ganhos para a categoria

Estádio Olímpico João Havelange: trabalhadores em obras de infraestrutura pedem 10% de reajuste, retroativo a 1º de fevereiro, data-base da categoria (REUTERS/Ricardo Moraes)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 17h25.

Rio de Janeiro - Trabalhadores das obras da Transcarioca, Transolímpica, do Porto Maravilha, da extensão da Linha 4 do Metrô, para a zona sul e Barra da Tijuca, além da reforma do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, paralisaram as atividades nesta segunda-feira (7), em protesto contra a falta de avanço nas negociações por melhores ganhos para a categoria, que reivindica 10% de reajuste salarial.

Em função disso, cerca de 20 mil operários cruzaram os braços, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp). Os trabalhadores em obras de infraestrutura pedem 10% de reajuste, retroativo a 1º de fevereiro, data-base da categoria. Eles querem também tíquete refeição de R$ 300, reajuste de 100% nas horas extras de segunda à sexta-feira e plano de saúde para o trabalhador e seus dependentes.

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O presidente do sindicato, Nilson Duarte Costa, disse que como não houve avanço nas negociações, "os empregados das concessionárias decidiram pela paralisação". Segundo ele, os patrões oferecem 9% de reajuste salarial, aumento do tíquete refeição para R$ 250, a partir de 1° de fevereiro, passando para R$ 280 eme 1º de maio, e negam hora extra a 100% e a reivindicação do plano de saúde para dependentes.

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada/Infraestrutura (Sinicon), Rodolfo Tourinho Neto, disse que as concessionárias chegaram ao limite do reajuste para os empregados. "A proposta patronal representa quase 4% de ganho real acima da inflação; e um ganho real no tíquete refeição de 25 a 30%. Como essas obras têm data e hora marcadas para entrega, nós vamos entrar hoje na Justiça do Trabalho [TRT-RJ] para julgamento do dissídio". Tourinho Neto não soube informar o número de trabalhadores parados, mas confirmou que quase todas as obras estão paralisadas.

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