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Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima mantêm greve

Os funcionários querem reajuste salarial de 13%, aumento de R$ 98,00 no vale refeição e adicional de periculosidade de 30% sobre o salário

Abreu e Lima: trabalhadores não aceitaram 10% de reajuste e alta de R$ 20,00 no vale refeição (Oscar Cabral/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 16h32.

Recife - Os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, no complexo industrial de Suape, no município de Ipojuca, na região metropolitana de Recife, decidiram manter, nesta segunda-feira, 11, a greve iniciada na última quinta-feira (7).

Eles querem reajuste salarial de 13%, aumento de R$ 98,00 no vale refeição e adicional de periculosidade de 30% sobre o salário.

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Por unanimidade, em assembleia realizada no portão oeste da refinaria, os trabalhadores não aceitaram a proposta patronal de 10% de reajuste e aumento de R$ 20,00 no vale refeição.

O coordenador de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral (Sintepav-PE), Leodélson Bastos, estima que 30 mil trabalhadores estejam parados.

"Só trabalham os responsáveis pelos chamados serviços essenciais", afirmou.

O nó das negociações é o adicional de periculosidade. Bastos destaca que os trabalhadores já correm risco com algumas atividades da Refinaria Abreu e Lima em operação.

Ele cita linhas pressurizadas e armazenamento de diesel como exemplos.

"Já ocorreu de válvulas estourarem por conta da pressão das tubulações", afirmou. "Há risco de explosão".

O Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sinicon-PE) destaca que o sindicato não pode apresentar nenhuma proposta nesta área porque depende de uma posição da Petrobras .

Quanto ao reajuste salarial, o departamento jurídico do Sindicato patronal entrou com pedido de dissídio coletivo e aguarda audiência na Justiça do Trabalho para esta semana.

Com previsão de inauguração e entrada em operação da primeira etapa da Refinaria Abreu e Lima em novembro deste ano, Bastos disse não poder afirmar se a paralisação irá atrapalhar os planos do governo federal.

"Eles têm um cronograma, mas não praticam o adicional de periculosidade", reclamou.

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