Projeto 3D da Arena Pernambuco: obras paradas (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2011 às 16h09.
Brasília - Os cerca de 1,4 mil funcionários da Construtora Odebrecht que trabalham na construção da Arena Pernambuco cruzaram os braços na manhã de hoje (19), dando início a uma paralisação de advertência de 24 horas. Eles reivindicam aumento salarial e do valor da cesta básica. Localizado em São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife, o estádio é um dos 12 locais onde a Copa do Mundo de 2014 será disputada.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Construção (Sintepav-PE), a paralisação pode evoluir para uma greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 31, caso a Odebrecht, responsável pela obra, não atenda às reivindicações da categoria. De acordo com o assessor sindical Leodelson Bastos, uma nova assembleia será realizada na próxima quarta-feira (26). O sindicato informa estar negociando com a empresa há mais de 15 dias sem obter respostas satisfatórias.
Os trabalhadores querem que o valor da cesta básica passe de R$ 80 para R$ 200, reajuste da hora extra e direito a plano de saúde. Além disso, os montadores de andaimes industrial querem que o piso salarial, hoje R$ 897, seja adequado aos pagos aos profissionais de outras obras, como as do Porto de Suape, onde o valor médio chega a R$ 1,2 mil.
Esta manhã, sindicalistas e representantes do governo estadual e da Odebrecht se reuniram na Secretaria de Articulação Regional, em Recife, mas as negociações não avançaram.
Procurada pela Agência Brasil, a Odebrechet preferiu não se manifestar sobre a paralisação e indicou o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), com sede no Rio de Janeiro, para falar sobre o assunto. No entanto, o Sinicon não se pronunciou até o momento.