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Torres presta depoimento ao TSE e deve dar explicações sobre minuta do golpe

Documento foi incluído como prova na ação que investiga o ex-presidente por abuso de poder

Brazilian Justice Minister Anderson Torres awaits the start of the celebration of National Volunteer Day at Planalto Palace in Brasilia, August 26, 2021 (Photo by EVARISTO SA / AFP) (Photo by EVARISTO SA/AFP via Getty Images) (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Brazilian Justice Minister Anderson Torres awaits the start of the celebration of National Volunteer Day at Planalto Palace in Brasilia, August 26, 2021 (Photo by EVARISTO SA / AFP) (Photo by EVARISTO SA/AFP via Getty Images) (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de março de 2023 às 11h20.

Última atualização em 16 de março de 2023 às 11h29.

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, presta depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira, a partir das 10 horas. Torres será questionado sobre a minuta do golpe encontrada em sua casa.

O advogado de Torres, Rodrigo Roca, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o ex-ministro responderá às perguntas e não ficará em silêncio.

A minuta do golpe foi incluída como prova na ação que investiga o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder na reunião com embaixadores de julho do ano passado.

Na ocasião, o então presidente atacou sem provas a integridade do sistema eleitoral. O encontro foi realizado no Palácio da Alvorada e transmitido pelas redes sociais pela TV Brasil.

Relembre o caso

O documento foi apreendido pela Polícia Federal no âmbito da investigação que apura suposta omissão de Torres na condução das forças de segurança pública em 8 de janeiro, quando golpistas depredaram a sede dos três Poderes, em Brasília. A minuta propõe o estabelecimento de um estado de defesa no TSE para mudar o resultado das eleições.

Torres também será questionado sobre seu envolvimento na reunião com embaixadores. Isso porque o então ministro da Justiça participou de uma live em julho de 2021 em que o presidente defendeu o voto impresso, atacou o TSE e fez alegações falsas sobre as urnas eletrônicas.

Na live de 2021 e na reunião de 2022, Bolsonaro usou o mesmo inquérito da Polícia Federal para supostamente basear suas alegações.

O TSE também ouvirá nesta quinta os servidores da PF Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro. Ambos foram convocados antes da live para falar com Bolsonaro sobre o teor do inquérito.

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