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Torcedores latinos colorem 1ª Olimpíada da América do Sul

Cerca de 75% dos ingressos foram adquiridos pelos locais, mas argentinos e chilenos vêm logo atrás como os espectadores mais assíduos da região

Torcida: os atletas latinos também acharam mais fácil para seus familiares e amigos assisti-los competirem no maior evento esportivo do mundo (Marko Djurica / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 15h05.

Rio de Janeiro - Os torcedores brasileiros podem estar dominando a maioria dos locais de disputa da Olimpíada do Rio, mas mexicanos de sombrero e argentinos barulhentos balançando suas bandeiras também estão fazendo a festa nos primeiros Jogos Olímpicos da história na América do Sul .

As Olimpíadas de Pequim em 2008 e Londres em 2012 estavam fora de alcance para muitos sul-americanos, por isso os latino-americanos estão aproveitando o evento sediado no Brasil por saber que essa pode ser sua única chance de torcer por suas delegações pessoalmente.

Cerca de 75 por cento dos ingressos foram adquiridos pelos locais, mas argentinos e chilenos vêm logo atrás como os espectadores mais assíduos da região, dando um toque latino à Rio 2016.

"Esta é uma experiência única para os nossos daqui", disse o chileno Javier Salazar, que fez seu primeiro voo internacional para a ocasião.

"Por isso estou aproveitando o máximo que posso, vendo tantos esportes quanto possível e curtindo o povo daqui, que é tão pra cima", acrescentou Salazar, de 29 anos, a caminho de um jogo de handebol envolto na bandeira de seu país.

Embora menos presentes do que durante a Copa do Mundo de 2014, quando milhares de torcedores dirigiram durante dias e dormiram nas praias do Rio para ver suas seleções, fãs como Salazar estão dando ânimo a seus atletas na Rio 2016 ao acenar com bandeiras e gritar "Vamos!" durante as competições.

Quando a ginasta colombiana Catalina Escobar caiu durante sua rotina de solo no domingo, por exemplo, um punhado de compatriotas de camisa amarela começou a gritar "Colômbia!" para animá-la, e o grito aos poucos se espalhou por toda a arena olímpica.

Os atletas latinos também acharam mais fácil para seus familiares e amigos assisti-los competirem no maior evento esportivo do mundo.

"Meus pais, meus tios, meus primos, meus avôs – estão todos aqui!", disse à Reuters Ariana Orrego, primeira ginasta peruana a se classificar para uma Olimpíada.

E como mais meios de comunicação latinos estão sendo capazes de cobrir o evento, os atletas estão desfrutando de mais atenção da mídia em casa.

"As pessoas no Chile estão muito mais interessadas", comemorou Alejandro Goycoolea, assessor de imprensa da delegação chilena.

Obviamente, o influxo de argentinos ao Rio também atiçou a maior rivalidade de futebol da região, e as provocações da torcida brasileira até eclipsaram algumas competições.

"Eles gritam sobre Maradona, sobre serem pentacampeões mundiais, torcem para a outra equipe", disse o turista argentino Leandro Sosa, de 25 anos, que tirou um mês de férias de seu emprego em um banco próximo de Buenos Aires para assistir cerca de 30 eventos na Rio 2016.

"Mas esse é o folclore! Esta é minha primeira Olimpíada, a primeira Olimpíada sul-americana, então honestamente é tudo lindo".

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Rio de Janeiro - Os torcedores brasileiros podem estar dominando a maioria dos locais de disputa da Olimpíada do Rio, mas mexicanos de sombrero e argentinos barulhentos balançando suas bandeiras também estão fazendo a festa nos primeiros Jogos Olímpicos da história na América do Sul .

As Olimpíadas de Pequim em 2008 e Londres em 2012 estavam fora de alcance para muitos sul-americanos, por isso os latino-americanos estão aproveitando o evento sediado no Brasil por saber que essa pode ser sua única chance de torcer por suas delegações pessoalmente.

Cerca de 75 por cento dos ingressos foram adquiridos pelos locais, mas argentinos e chilenos vêm logo atrás como os espectadores mais assíduos da região, dando um toque latino à Rio 2016.

"Esta é uma experiência única para os nossos daqui", disse o chileno Javier Salazar, que fez seu primeiro voo internacional para a ocasião.

"Por isso estou aproveitando o máximo que posso, vendo tantos esportes quanto possível e curtindo o povo daqui, que é tão pra cima", acrescentou Salazar, de 29 anos, a caminho de um jogo de handebol envolto na bandeira de seu país.

Embora menos presentes do que durante a Copa do Mundo de 2014, quando milhares de torcedores dirigiram durante dias e dormiram nas praias do Rio para ver suas seleções, fãs como Salazar estão dando ânimo a seus atletas na Rio 2016 ao acenar com bandeiras e gritar "Vamos!" durante as competições.

Quando a ginasta colombiana Catalina Escobar caiu durante sua rotina de solo no domingo, por exemplo, um punhado de compatriotas de camisa amarela começou a gritar "Colômbia!" para animá-la, e o grito aos poucos se espalhou por toda a arena olímpica.

Os atletas latinos também acharam mais fácil para seus familiares e amigos assisti-los competirem no maior evento esportivo do mundo.

"Meus pais, meus tios, meus primos, meus avôs – estão todos aqui!", disse à Reuters Ariana Orrego, primeira ginasta peruana a se classificar para uma Olimpíada.

E como mais meios de comunicação latinos estão sendo capazes de cobrir o evento, os atletas estão desfrutando de mais atenção da mídia em casa.

"As pessoas no Chile estão muito mais interessadas", comemorou Alejandro Goycoolea, assessor de imprensa da delegação chilena.

Obviamente, o influxo de argentinos ao Rio também atiçou a maior rivalidade de futebol da região, e as provocações da torcida brasileira até eclipsaram algumas competições.

"Eles gritam sobre Maradona, sobre serem pentacampeões mundiais, torcem para a outra equipe", disse o turista argentino Leandro Sosa, de 25 anos, que tirou um mês de férias de seu emprego em um banco próximo de Buenos Aires para assistir cerca de 30 eventos na Rio 2016.

"Mas esse é o folclore! Esta é minha primeira Olimpíada, a primeira Olimpíada sul-americana, então honestamente é tudo lindo".

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