Torcedor corintiano confessa ter disparado sinalizador
H.A.M., de 17 anos, confessou ter sido o autor do disparo do sinalizador que provocou a morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada na última quarta-feira
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 08h37.
São Paulo - O torcedor corintiano H.A.M., de 17 anos, confessou neste domingo ter sido o autor do disparo do sinalizador que provocou a morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada na última quarta-feira, durante o jogo entre Corinthians e San José, em Oruro, na Bolívia. Em entrevista à TV Globo, ele alegou que se atrapalhou com o artefato e que não tinha intenção de matar o garoto de 14 anos.
Na entrevista que deu ao lado da mãe, H.A.M. garantiu que não mirou o sinalizador em direção da torcida do San José e mostrou arrependimento. "Me sinto a pior pessoa do mundo, não sei mais o que fazer da minha vida", afirmou o torcedor, que pediu "perdão" à família de Kevin e dos 12 corintianos que, segundo ele, estão presos injustamente na Bolívia sob a acusação de terem cometido o crime.
Integrante da Gaviões da Fiel há cerca de dois anos, H.A.M. contou que foi orientado por membros da torcida a não se entregar na Bolívia. "Fiquei com medo, não sabia o que fazer", revelou o torcedor. Ele também assegurou que sua confissão não é para proteger outras pessoas. "Quero assumir meu erro mesmo, porque não é certo as pessoas pagarem por alguma coisa que não fizeram", explicou.
Ele contou ter comprado o sinalizador na Rua 25 de Março, em São Paulo, com o objetivo de "fazer uma festa para o Corinthians". E admitiu ter ficado muito abalado quando ficou sabendo da morte de Kevin. "Eu falei: 'Minha vida acabou. O que eu vou fazer? Matei uma criança'", disse H.A.M., que pretende se apresentar à Justiça, na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, nesta segunda-feira.
"O garoto queria se apresentar à polícia já lá na Bolívia, mas os (dirigentes da) Gaviões acharam que o melhor era entregá-lo de volta para a família aqui no Brasil para ele decidir com os pais", disse o advogado da organizada, Ricardo Cabral, que também representa o réu confesso. A mãe de H.A.M. chegou a dizer que entregaria o filho para a Justiça se ele não tivesse confessado ser o autor do disparo.
Com a confissão de H.A.M. alegando ter sido o autor do disparo do sinalizador, o advogado Ricardo Cabral espera que ainda nesta segunda-feira os 12 corintianos que estão detidos na Bolívia desde quarta sejam liberados e que a Conmebol aceite o recurso apresentado pelo Corinthians para anular a liminar que proíbe a presença de torcedores do clube nos jogos da Libertadores durante 60 dias.
H.A.M. chegou sábado ao Brasil, após voltar da Bolívia de ônibus em uma caravana organizada pela Gaviões da Fiel. Enquanto isso, 12 torcedores corintianos estão presos no Presídio San Pedro, em Oruro, acusados pelo homicídio de Kevin. Dois deles, Cleuter Barreto Barros e Leandro Silva de Oliveira, foram indiciados por assassinato. E os outros 10 foram indiciados como cúmplices.
São Paulo - O torcedor corintiano H.A.M., de 17 anos, confessou neste domingo ter sido o autor do disparo do sinalizador que provocou a morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada na última quarta-feira, durante o jogo entre Corinthians e San José, em Oruro, na Bolívia. Em entrevista à TV Globo, ele alegou que se atrapalhou com o artefato e que não tinha intenção de matar o garoto de 14 anos.
Na entrevista que deu ao lado da mãe, H.A.M. garantiu que não mirou o sinalizador em direção da torcida do San José e mostrou arrependimento. "Me sinto a pior pessoa do mundo, não sei mais o que fazer da minha vida", afirmou o torcedor, que pediu "perdão" à família de Kevin e dos 12 corintianos que, segundo ele, estão presos injustamente na Bolívia sob a acusação de terem cometido o crime.
Integrante da Gaviões da Fiel há cerca de dois anos, H.A.M. contou que foi orientado por membros da torcida a não se entregar na Bolívia. "Fiquei com medo, não sabia o que fazer", revelou o torcedor. Ele também assegurou que sua confissão não é para proteger outras pessoas. "Quero assumir meu erro mesmo, porque não é certo as pessoas pagarem por alguma coisa que não fizeram", explicou.
Ele contou ter comprado o sinalizador na Rua 25 de Março, em São Paulo, com o objetivo de "fazer uma festa para o Corinthians". E admitiu ter ficado muito abalado quando ficou sabendo da morte de Kevin. "Eu falei: 'Minha vida acabou. O que eu vou fazer? Matei uma criança'", disse H.A.M., que pretende se apresentar à Justiça, na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, nesta segunda-feira.
"O garoto queria se apresentar à polícia já lá na Bolívia, mas os (dirigentes da) Gaviões acharam que o melhor era entregá-lo de volta para a família aqui no Brasil para ele decidir com os pais", disse o advogado da organizada, Ricardo Cabral, que também representa o réu confesso. A mãe de H.A.M. chegou a dizer que entregaria o filho para a Justiça se ele não tivesse confessado ser o autor do disparo.
Com a confissão de H.A.M. alegando ter sido o autor do disparo do sinalizador, o advogado Ricardo Cabral espera que ainda nesta segunda-feira os 12 corintianos que estão detidos na Bolívia desde quarta sejam liberados e que a Conmebol aceite o recurso apresentado pelo Corinthians para anular a liminar que proíbe a presença de torcedores do clube nos jogos da Libertadores durante 60 dias.
H.A.M. chegou sábado ao Brasil, após voltar da Bolívia de ônibus em uma caravana organizada pela Gaviões da Fiel. Enquanto isso, 12 torcedores corintianos estão presos no Presídio San Pedro, em Oruro, acusados pelo homicídio de Kevin. Dois deles, Cleuter Barreto Barros e Leandro Silva de Oliveira, foram indiciados por assassinato. E os outros 10 foram indiciados como cúmplices.