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The Economist: "Jair Bolsonaro, o presidente aprendiz do Brasil"

De acordo com a revista britânica, o mandato do presidente brasileiro pode ser curto "a menos que ele pare de provocar e aprenda a governar"

Bolsonaro: "muitos supunham que a chegada dele melhoraria a economia, mas três meses depois, ela continua tão moribunda quanto sempre (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2019 às 10h12.

Última atualização em 29 de março de 2019 às 14h59.

São Paulo — A mais nova edição da revista britânica The Economist, em matéria publicada nesta quinta-feira (28), voltou a fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro , a quem chamou de "aprendiz de presidente", e afirmou que o mandato dele pode ser curto "a menos que ele pare de provocar e aprenda a governar".

Bolsonaro já havia sido alvo de críticas por parte da revista no ano passado. "Bolsonaro ainda não mostrou que entende seu novo emprego. Ele dissipou o capital político em seus preconceitos, por exemplo, pedindo que as Forças Armadas comemorassem o aniversário, em 31 de março, do golpe militar de 1964", trouxe a reportagem.

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De acordo com a Economist, "muitos supunham que a chegada do governo de Bolsonaro por si só daria vida à economia. Mas, três meses depois, ela continua tão moribunda quanto sempre".

A revista apontou que os investidores estão começando a perceber que o ministro da Economia, Paulo Guedes, "enfrenta uma tarefa difícil" para fazer com que o Congresso aprove a reforma da Previdência e enfatizou que "o próprio Bolsonaro não está ajudando".

Mesmo assim, a reportagem também indicou que a reforma previdenciária "não é suficiente" para fazer com que o País apresente um crescimento econômico robusto e listou outras mudanças, como uma reforma tributária e outras medidas, para fazer com que a competitividade aumente.

A revista também trouxe, na reportagem, a recente tensão entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e apontou que essa crise deve fazer com que a reforma da Previdência sofra "atrasos e diluição".

Além disso, a Economist também lembrou que o filósofo Olavo de Carvalho, apontado como ideólogo do governo Bolsonaro, chamou de "idiota" o vice-presidente Hamilton Mourão, que, de acordo com a revista, "tentou impor alguma disciplina política", embora esteja "frequentemente em desacordo com a família Bolsonaro".

A ligação entre a família Bolsonaro com ex-policiais do Rio acusados de matar Marielle Franco também esteve presente na reportagem da Economist.

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