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Testes positivos de covid sobem para 23,6% em um mês

No fim de março, o índice de positividade havia caído para 3,6%, indicando uma possível melhora da pandemia.

Teste rápido SWAB Nasal para detecção de covid-19 (Myke Sena/MS/Agência Brasil)

Teste rápido SWAB Nasal para detecção de covid-19 (Myke Sena/MS/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2022 às 13h46.

O porcentual de testes positivos para covid-19 subiu de 8,5% para 23,6% em um mês no País, aponta levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS). No fim de março, o índice de positividade havia caído para 3,6%, indicando uma possível melhora da pandemia.

Conforme a análise, agora os indicadores estão em alta em todas as faixas etárias e nos seis Estados analisados pelos pesquisadores. Já a taxa de testes positivos para vírus sincicial respiratório (VSR), que pode acarretar em quadros graves em crianças e idosos, se mantém acima de 17%.

O levantamento do ITpS, entidade sem fins lucrativos que visa a auxiliar no enfrentamento a emergências sanitárias, analisou 221 6 mil testes moleculares (RT-PCR e Flowchip) realizados de 1º de fevereiro a 14 de maio pelos laboratórios privados Dasa, DB Molecular e HLAGyn: 95% deles foram coletados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.

Cidades voltam a recomendar uso de máscara após aumento de casos de covid

O porcentual de positividade no País, que havia caído para 3,6% no fim de março e subido para 8,5% há um mês (na semana até 16 de abril), passou a ser de 23,6% na semana que se encerrou no 14 de maio. O cenário pode indicar um possível aumento de casos no País, o que tem feito algumas cidades recomendarem o uso de máscara de proteção. Nesta quinta-feira, 19, foram registrados 10 mil novos casos de covid no País.

Em duas semanas (30 de abril a 14 de maio), a positividade de testes para SARS-CoV-2 subiu nos seis Estados analisados pelo ITpS: São Paulo (de 14% para 24%), Rio de Janeiro (de 11% para 23%), Minas Gerais (de 8% para 23%), Mato Grosso (de 6% para 19%), Goiás (de 3% para 19%) e Distrito Federal (de 3% para 11%).

Em relação à positividade por faixa etária, também houve aumento generalizado no período, com destaque para as pessoas de 10 a 19 anos (de 13% para 25%), de 50 a 59 (17% para 31%) e 70 a 79 (de 13% para 29%).

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Os testes moleculares feitos pelos laboratórios identificam, além de SARS-CoV-2, o vírus sincicial respiratório (VSR) e os vírus influenza A e B. Na semana de 7 a 14 de maio, dos testes positivos, 95,9% apontaram SARS-CoV-2, 3,7% VSR e 0,4% influenza.

A taxa de positividade do VSR se mantém acima de 17%. Esse vírus causa resfriados comuns em todas as faixas etárias e pode gerar infecções graves em crianças e idosos. Na semana de 7 a 14 de maio, 41,6% de todos os casos positivos de VSR foram detectados entre crianças de 0 a 9 anos, principal faixa etária afetada pelo vírus.

Outono e inverno são consideradas as épocas mais propícias para a proliferação do vírus sincicial respiratório. Por serem estações mais frias e secas, é mais comum observar o aumento de crianças internadas com bronquiolite e pneumonia nesses períodos. Em material publicado nesta semana, o Estadão reuniu dicas para reduzir os riscos de crianças se contaminarem pelo vírus.

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