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Tenho clareza de que Levy foi mal interpretado, diz Dilma

A presidente disse que Levy foi mal interpretado sobre declaração, em que teria dito que Dilma nem sempre faz as coisas de maneira mais fácil e efetiva

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "o que o Levy falou está dentro de um contexto", disse a presidente Dilma (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2015 às 16h13.

Pará - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 30, em Capanema (PA), que o ministro da Fazenda , Joaquim Levy, foi mal interpretado sobre declaração dada em uma palestra em inglês a ex-alunos da Universidade de Chicago, em encontro realizado na semana passada em São Paulo.

"Não tenho o que falar sobre Levy. O que o Levy falou está dentro de um contexto. Se você pegar fora do contexto, vai entender distorcido", afirmou a presidente.

"Eu li e também tenho discernimento. Eu tenho clareza que ele foi mal interpretado. Tenho clareza disso", enfatizou Dilma.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que divulgou a gravação com a fala do ministro no encontro, Levy teria dito que a presidente nem sempre faz as coisas de maneira mais fácil e efetiva.

"Ele falou que nós, e agradeço o elogio dele, fazemos um imenso esforço para fazer o ajuste. Em política, às vezes, eu não posso seguir o caminho curto. Eu tenho que ter o apoio de todos que me cercam. Então, temos uma questão de construir o consenso. Não temos que criar maiores complicações por isso", completou a presidente.

Segundo Dilma, Levy ficou "bastante triste" com a interpretação que foi dada a sua fala e a explicou "exaustivamente" o ocorrido.

Dilma disse hoje que o governo está trabalhando diariamente para que o Brasil retorne para uma taxa de crescimento compatível com seu potencial.

"Cada dia é um dia. Nós estamos todos os santos dias, todos os minutos dos santos dias trabalhando para que o Brasil retorne para uma taxa de crescimento compatível com seu potencial. Agora uma coisa tenho que dizer: sem ajuste, fomos até onde pudemos, absorvendo no orçamento fiscal do País todos os efeitos da crise", disse a presidente em entrevista após cerimônia de entrega de casas do Minha Casa Minha Vida, em Capanema, no Pará.

Dilma ressaltou que trabalhou para desonerar a folha de pagamentos e se esforçou para manter os financiamentos com juros baixos.

"Fizemos uma porção de desonerações. Estamos agora reajustando o que fizemos. Eu não estou acabando com os subsídios no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES. Mas não consigo absorver 12% de juros. Estamos absorvendo menos", afirmou.

A presidente destacou que o programa de desoneração da folha resultou em uma renúncia fiscal de R$ 25 bilhões e disse que esta perda agora será de R$ 12 bilhões.

"Você tem que adequar em política econômica toda a sua ação à mudança da realidade. Eu tenho certeza que o Brasil volta a crescer se fizer essa movimentação", acrescentou.

Reformas

Ela aproveitou também para reclamar das avaliações negativas em relação ao PIB.

"Mesmo com a revisão dos dados do PIB, falaram que o Brasil cresceu muito pouco em 2014. Agora ninguém diz que os dados da solvência melhoraram todos, todos. Nós estamos agora com 58% da dívida bruta sobre o PIB e, se não me engano, 39% ou 36% da líquida. Não tenho certeza."

Com relação à pressão para fazer reformas, Dilma afirmou que agora fará os ajustes para só depois pensar em reformas. "Eu repito: não anuncio coisa que vou fazer. Tem várias reformas que tenho que fazer depois do ajuste."

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Pará - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 30, em Capanema (PA), que o ministro da Fazenda , Joaquim Levy, foi mal interpretado sobre declaração dada em uma palestra em inglês a ex-alunos da Universidade de Chicago, em encontro realizado na semana passada em São Paulo.

"Não tenho o que falar sobre Levy. O que o Levy falou está dentro de um contexto. Se você pegar fora do contexto, vai entender distorcido", afirmou a presidente.

"Eu li e também tenho discernimento. Eu tenho clareza que ele foi mal interpretado. Tenho clareza disso", enfatizou Dilma.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que divulgou a gravação com a fala do ministro no encontro, Levy teria dito que a presidente nem sempre faz as coisas de maneira mais fácil e efetiva.

"Ele falou que nós, e agradeço o elogio dele, fazemos um imenso esforço para fazer o ajuste. Em política, às vezes, eu não posso seguir o caminho curto. Eu tenho que ter o apoio de todos que me cercam. Então, temos uma questão de construir o consenso. Não temos que criar maiores complicações por isso", completou a presidente.

Segundo Dilma, Levy ficou "bastante triste" com a interpretação que foi dada a sua fala e a explicou "exaustivamente" o ocorrido.

Dilma disse hoje que o governo está trabalhando diariamente para que o Brasil retorne para uma taxa de crescimento compatível com seu potencial.

"Cada dia é um dia. Nós estamos todos os santos dias, todos os minutos dos santos dias trabalhando para que o Brasil retorne para uma taxa de crescimento compatível com seu potencial. Agora uma coisa tenho que dizer: sem ajuste, fomos até onde pudemos, absorvendo no orçamento fiscal do País todos os efeitos da crise", disse a presidente em entrevista após cerimônia de entrega de casas do Minha Casa Minha Vida, em Capanema, no Pará.

Dilma ressaltou que trabalhou para desonerar a folha de pagamentos e se esforçou para manter os financiamentos com juros baixos.

"Fizemos uma porção de desonerações. Estamos agora reajustando o que fizemos. Eu não estou acabando com os subsídios no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES. Mas não consigo absorver 12% de juros. Estamos absorvendo menos", afirmou.

A presidente destacou que o programa de desoneração da folha resultou em uma renúncia fiscal de R$ 25 bilhões e disse que esta perda agora será de R$ 12 bilhões.

"Você tem que adequar em política econômica toda a sua ação à mudança da realidade. Eu tenho certeza que o Brasil volta a crescer se fizer essa movimentação", acrescentou.

Reformas

Ela aproveitou também para reclamar das avaliações negativas em relação ao PIB.

"Mesmo com a revisão dos dados do PIB, falaram que o Brasil cresceu muito pouco em 2014. Agora ninguém diz que os dados da solvência melhoraram todos, todos. Nós estamos agora com 58% da dívida bruta sobre o PIB e, se não me engano, 39% ou 36% da líquida. Não tenho certeza."

Com relação à pressão para fazer reformas, Dilma afirmou que agora fará os ajustes para só depois pensar em reformas. "Eu repito: não anuncio coisa que vou fazer. Tem várias reformas que tenho que fazer depois do ajuste."

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