Jair-Bolsonaro (Pavel Golovkin/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 11h12.
Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às 11h13.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que a tendência é vetar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, que consta no Orçamento de 2020, aprovado na terça-feira pelo Congresso. Bolsonaro diz que procura uma "brecha" para o veto porque esse valor foi proposto pelo próprio governo, mesmo que contra a sua vontade.
"Aquela proposta que foi, R$ 2 bilhões, é em função de uma lei que tinha. Não é que eu quero isso. Em havendo brecha para vetar, eu vou fazer isso. Por que? Não vejo, com todo respeito, como justo recurso para fazer campanha", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando depois: "Tendência é vetar, sim".
O presidente afirmou que os recursos seriam melhor utilizados pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas:
"A peça orçamentária chegando, eu tenho poder de veto. Não quero afrontar o Parlamento, mas pelo amor de Deus. Dá 2 bilhões pro Tarcísio, vê o que ele faz no Brasil."
Questionado se defendia um valor menos, disse que defende "zero" e que as campanhas sejam bancadas por doações:
"É zero. Faz doação. Povo quer votar naquele cara que agrada. Acho que vai ser tiro no pé. Já vejo pessoal dizendo que quem tiver campanha cara, com santinho na rua, não vai votar nele."
Bolsonaro afirmou que as campanhas precisam "estar em uma condição de igualdade":
"Agora, você pode ver, o dinheiro vai para quem? Manter no poder quem já está. Dificilmente vai para um jovem candidato. E o povo fala sempre em renovação. E tem que ter igualdade. A campanha tem de estar em uma condição de igualdade. Não é maldade minha contra o parlamento. "O Parlamento, não sei o que". Nada, eu respeito o Parlamento. Fiquei 28 anos lá dentro.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse considerar "interessante" a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que a tendência é vetar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, que consta no Orçamento de 2020, aprovado na terça pelo Congresso.
'Se ele vai vetar sua própria proposta, é uma decisão dele", declarou Maia, em conversa com jornalistas.
O presidente da Câmara frisou ainda que o veto a projetos aprovados no Congresso é um direito do presidente da República e disse concordar com o valor aprovado, muito próximo, segundo ele, do fundo de R$ 1,7 bilhão da eleição passada.
Nesta manhã, Bolsonaro disse que procura uma "brecha" para o veto porque esse valor foi proposto pelo próprio governo, mesmo que contra a sua vontade.
"Aquela proposta que foi, R$ 2 bilhões, é em função de uma lei que tinha. Não é que eu quero isso. Em havendo brecha para vetar, eu vou fazer isso. Por que? Não vejo, com todo respeito, como justo recurso para fazer campanha", afirmou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando depois: "Tendência é vetar, sim."
Bolsonaro declarou que as campanhas precisam "estar em uma condição de igualdade":
"Agora, você pode ver, o dinheiro vai para quem? Manter no poder quem já está. Dificilmente vai para um jovem candidato. E povo fala sempre em renovação. E tem que ter igualdade. A campanha tem de estar em uma condição de igualdade. Não é maldade minha contra o parlamento. "O Parlamento, não sei o que". Nada, eu respeito o Parlamento. Fiquei 28 anos lá dentro.