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Tendência do PT-PE apoia candidato do PSB ao governo

Tendência interna do partido PT de Lutas e Massas (PTLM) declarou, neste domingo, 28, seu apoio ao candidato adversário, Paulo Câmara, do PSB

Paulo Câmara: última rodada do Datafolha mostrou socialista com 43% e Monteiro Neto com 34% (Wagner Ramos/PSB/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 16h49.

Recife - Sob a alegação de autoritarismo de lideranças petistas na campanha em Pernambuco e descontentamento com a aliança do PT com o candidato ao governo estadual Armando Monteiro Neto (PTB), a tendência interna do partido PT de Lutas e Massas (PTLM) declarou, neste domingo, 28, seu apoio ao candidato adversário, Paulo Câmara, do PSB .

Câmara, que iniciou a campanha em franca desvantagem, ultrapassou o petebista, de acordo com as pesquisas.

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A última rodada do Datafolha mostrou o socialista com 43% e Monteiro Neto com 34%.

A subida e virada ocorreu depois da morte do padrinho político e presidenciável Eduardo Campos, no dia 13 de agosto.

A campanha socialista usa a comoção pela tragédia em favor dos seus candidatos.

"Lideranças comandadas tentam o tempo todo impor suas posições políticas ao partido que carecem de lógica democrática e atendem somente aos próprios interesses, numa tentativa de transformar o PT em partido de cúpulas e de donos", justificou Guimarães, referindo-se ao senador Humberto Costa e ao deputado federal João Paulo, candidato ao Senado.

Responsável pela coordenação da campanha da presidente Dilma Rousseff no Grande Recife e membro da executiva nacional, Gilson Guimarães, integrante da tendência, também reclamou que a campanha petista estava "escondendo Dilma" nos últimos 15 dias, e só voltou a assumir a candidata depois que ela começou a subir nas pesquisas.

O PTLM afirma manter o apoio à reeleição da presidente Dilma.

"Inadmissível

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 29, a presidente estadual do PT-PE, Teresa Leitão, considerou a atitude do PTLM de apoiar o candidato socialista um ato "inaceitável e inadmissível", e "uma afronta às decisões legítimas" do partido.

"É uma decisão apequenada, típica dos que priorizam seus interesses em detrimento do projeto de mudanças que o PT lidera".

Destaca que a tendência interna é "um grupo minoritário que escolheu fazer o jogo dos adversários" e que "trai a candidatura Dilma".

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