Temer: “salvação”; Dilma: “brutalidade”…
Temer: “salvação nacional” No final da tarde desta quinta-feira, Michel Temer fez seu primeiro discurso como presidente interino do país. Ele falou que pretende fazer um governo de “salvação nacional” e relembrou que não pretende tirar direitos dos cidadãos, incluindo os programas sociais criados no governo do PT. Ele também tentou se aproximar de empresários, […]
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 18h59.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h03.
Temer: “salvação nacional”
No final da tarde desta quinta-feira, Michel Temer fez seu primeiro discurso como presidente interino do país. Ele falou que pretende fazer um governo de “salvação nacional” e relembrou que não pretende tirar direitos dos cidadãos, incluindo os programas sociais criados no governo do PT. Ele também tentou se aproximar de empresários, confirmando o empenho no aumento das parcerias público-privadas, ao dizer que o Estado deve ser responsável, principalmente, pelas áreas de saúde e educação. Na mesma cerimônia, Temer deu posse aos novos ministros de Estado.
—
Temer: Lava-Jato protegida
Durante o discurso, Temer procurou tranquilizar o mercado ao dizer que vai buscar o equilíbrio das contas públicas e o investimento estrangeiro. Também ressaltou a importância de rever o pacto federativo e implementar as reformas trabalhista e previdenciária. Ele lembrou que vai precisar de apoio político para realizar todas as mudanças apresentadas e necessárias ao país. O presidente interino relembrou ainda a importância da Lava-Jato, dizendo que a operação precisa ser protegida. E pregou respeito à presidente afastada, Dilma Rousseff.
—
Dilma: erros, não crimes
Na manhã desta quinta-feira, Dilma fez um pronunciamento à nação em que abordou seu afastamento. Ela reforçou o discurso do golpe e disse que, embora tenha cometido erros, não cometeu crimes, afirmando que outros presidentes antes dela também cometeram pedaladas fiscais. A presidente afastada se disse injustiçada ao ser acusada de crimes que não cometeu. “Não existe maior brutalidade que pode ser cometida contra qualquer ser humano do que puni-lo por um crime que não cometeu”, afirmou Dilma. Ao lado dos ministros de seu governo e aliados, ela reiterou que “vai lutar até o fim” para retomar seu mandato.
—
Prefeitos vão a Temer
Prefeitos de capitais e cidades médias foram convocados pela Frente Nacional de Prefeitos para uma reunião de emergência, na próxima quarta-feira, para debater propostas que devem ser enviadas ao presidente interino Michel Temer. Entre as propostas a serem realizadas no curto prazo, a entidade pede soluções para o financiamento da saúde nos municípios e a participação da União no rateio das tarifas de ônibus. Após a reunião os prefeitos devem redigir uma carta que deve ser entregue ao presidente em exercício.
—
Lewandowski conduz o impeachment
Na tarde desta quinta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, assumiu a condução do processo de julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. Nesta fase, os senadores funcionam como juízes do processo. Lewandowski disse que o processo contra Dilma deve se manter o mesmo, o que significa que não deverão ser anexadas novas denúncias além das pedaladas fiscais. Ele também afirmou que não pretende se tornar protagonista do processo e que isso não afetará o andamento dos trabalhos no STF.
—
Suspensão-relâmpago
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes suspendeu nesta quinta-feira 12 a coleta de provas em uma investigação que estava aberta na Corte sobre o senador Aécio Neves, do PSDB, relativa a um suposto esquema de corrupção na estatal Furnas. Mendes enviou o inquérito de volta ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para que reavaliasse a peça. Na manhã desta quarta-feira, ele havia aceitado a abertura do inquérito no Supremo. Segundo o despacho de Mendes, as informações prestados pela defesa do senador foram levadas em conta para a decisão.
—
A Lava-Jato não para
O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério. Há mais de dez anos, os dois foram articuladores do escândalo do mensalão. Também se tornaram réus hoje o empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC, e o jornalista Breno Altman.