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Temer se aproxima do agronegócio – e dos protestos

Temer esteve no Mato Grosso, junto com o ministro Blairo Maggi (Agricultura), ex-governador do estado, para uma cerimônia de colheita de algodão

Temer e Blairo: o presidente e o ministro participaram da colheita de algodão no Mato Grosso (Alan Santos/ PR/Divulgação)

Temer e Blairo: o presidente e o ministro participaram da colheita de algodão no Mato Grosso (Alan Santos/ PR/Divulgação)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 21h10.

Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 21h10.

O presidente Michel Temer tirou a sexta-feira para se aproximar ainda mais do agronegócio. Temer esteve no Mato Grosso, junto com o ministro Blairo Maggi (Agricultura), ex-governador do estado, para uma cerimônia de colheita de algodão.

Temer também inaugurou a usina da FS Bioenergia, a primeira brasileira de etanol que utiliza milho em 100% de sua produção.

A FS Bioenergia – joint venture entre a Fiagril Participações, do Brasil, e a Summit Agricultural Group, dos Estados Unidos – investiu cerca de 450 milhões de reais na usina, cuja capacidade inicial prevista é da ordem de 240 milhões de litros de etanol por ano.

Um dia antes da votação na Câmara que arquivou a denúncia por corrupção passiva contra ele, o presidente se reuniu com a Frente Parlamentar Agropecuária e anunciou concessões como refinanciamento de dívidas e redução da alíquota da contribuição de empregador rural para seguridade social. O apoio da bancada ruralista foi fundamental para a vitória do peemedebista na votação.

Longe da cândida plantação de algodão, o presidente foi alvo de protestos. Um grupo de caminhoneiros obstruiu parcialmente o tráfego – por cerca de quatro quilômetros e por pouco mais de três horas – na BR-163, em Lucas do Rio Verde (MT), para protestar contra a visita do presidente Michel Temer (PMDB) à cidade para participar da inauguração de uma usina e da abertura simbólica da colheita de algodão na região.

“Temer está inaugurando uma usina, mas não é bem-vindo na nossa cidade pelo fato de estar envolvido nesses atos de corrupção. O maior custo do transporte é com combustível.

Com esse aumento, ele impactou em torno de 10% o preço do óleo diesel, o preço passou de 3 reais para 3,30 aqui. Todo o setor produtivo, inclusive a agroindústria, está pagando essa conta”, disse o caminhoneiro Gilson Baitaca, um dos líderes do movimento de transportes de grãos do Mato Grosso.

Foi mais um dia para o presidente que afaga o congresso bater de frente com o Brasil real.

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