Paulo Paim: para o senador, o discurso de Temer não conseguiu convencer a população de que ele é inocente (Beto Oliveira/Senado/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de maio de 2017 às 19h22.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 19h23.
Brasília - O senador Paulo Paim (PT-RS) declarou que até mesmo a base aliada do governo tinha expectativa de que o presidente Michel Temer iria deixar o cargo nesta quinta-feira, 18.
Em pronunciamento à imprensa, o presidente negou as denúncias de que teria dado o aval para "comprar o silêncio" do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha preso em Curitiba, e reforçou que não irá renunciar.
"Ele perdeu a última oportunidade de ter um gesto de grandeza com o país", avaliou Paim.
O petista considera que a permanência de Temer no cargo vai aprofundar a crise política e econômica do país.
Para Paim, o discurso de Temer não conseguiu convencer a população de que ele é inocente.
"Foi como se fosse um teatro: 'eu tenho que alegar até o último momento que sou inocente'", disse Paim. O senador afirmou que as denúncias contra o presidente são muito graves para o peemedebista continuar na função.
"Eu espero que, se ele não renunciar, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assuma a sua responsabilidade e casse seu mandado. Se a Justiça não fizer, tenho certeza que, se a peça do impeachment for encaminhada, ele vai ser afastado pela Câmara e pelo Senado", declarou.
O julgamento da chapa Dilma-Temer será retomado no dia 6 de junho. Caso a chapa seja cassada, Temer e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) serão condenados e ficarão inelegíveis por oito anos.