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Temer pede rapidez no julgamento do TSE sobre chapa

Temer também disse que o governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência

Temer: "Se não aprovarmos a reforma trabalhista e a reforma previdenciária, o país não vai parar, mas não vai ser bom" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "Se não aprovarmos a reforma trabalhista e a reforma previdenciária, o país não vai parar, mas não vai ser bom" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2017 às 21h44.

Última atualização em 29 de maio de 2017 às 22h09.

São Paulo - O presidente Michel Temer disse que espera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegue a "uma rápida solução" em junho no julgamento de suposto abuso de poder político e econômico na chapa vencedora da eleição presidencial de 2014, para acabar com a incerteza que pesa sobre seu governo e a economia.

"Eu vi que tem muitas ideias, pedido de vista etc.", afirmou o presidente a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros, em São Paulo. "Claro que não sei o que um ministro vai fazer... é uma questão jurídica, não é política", acrescentou.

"O nosso desejo político é que se decida logo", disse Temer, em meio a especulações de que estaria apostando na demora do julgamento, num momento em que enfrenta grave crise devido à delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e que aliados estariam esperando uma definição do TSE para decidir sobre a permanência ou não no governo.

"Por exemplo, se é julgado no dia 6, 7, 8 --três dias para um julgamento--, se se pode haver uma solução definitiva, seria muito útil", argumentou. "Com o país crescendo como cresceu... mesmo com credibilidade e confiança na retomada de nosso país... as pessoas sempre dizem 'sim, mas tem essa história no TSE'. Isso cria ou tende a criar uma certa instabilidade."

Temer disse que o governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, mas demonstrou confiança de que conseguirá chegar lá. De qualquer modo, disse, mesmo um fracasso nisso não seria um desastre, ainda que atrapalhe.

"Se não aprovarmos a reforma trabalhista e a reforma previdenciária, o país não vai parar, mas não vai ser bom", disse. "O país não vai parar, mas claro que prejudica."

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