Brasil

Temer escolhe Osmar Serraglio para Ministério da Justiça

Conforme EXAME.com antecipou na terça, nome de Serraglio para a pasta cresceu dentro do PMDB nos últimos dias

Deputado Osmar Serraglio (Deputado Osmar Serraglio / Facebook/Divulgação)

Deputado Osmar Serraglio (Deputado Osmar Serraglio / Facebook/Divulgação)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 13h49.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2017 às 18h15.

Brasília - O presidente Michel Temer acaba de bater o martelo sobre quem substituirá Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça: o escolhido é o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), segundo auxiliares do Planalto. Conforme EXAME.com adiantou na terça-feira, o nome do parlamentar cresceu dentro do partido como opção para a pasta nos últimos dias.

Natural de Erechim (RS), mas mora no Paraná desde os 15 anos de idade. Serraglio é mestre em Direito pela PUC-SP e foi diretor do Curso de Direito da Universidade Paranaense (Unipar).

Entrou no MDB em 1978. Foi eleito deputado federal por cinco vezes seguidas e presidiu, no ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça. Atualmente, é vice-líder do partido na Câmara. Em 2006, foi relator da CPMI dos Correios, que investigou o mensalão.

De acordo com fontes do Palácio do Planalto, o nome de Serraglio para o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve ser oficializado ainda hoje. O anúncio, contudo, resolve apenas um dos problemas de Temer, que ontem recebeu a carta de demissão de José Serra, ex-ministro de Relações Exteriores. Essa é a oitava mudança que o governo precisou fazer em sua equipe ministerial.

O que representa a escolha de Serraglio para a base governista? No PMDB, o clima não poderia ser melhor. Há tempos, a bancada peemedebista da Câmara reclamava por espaço na Esplanada. Enfim, conseguiram.

A princípio, até mesmo peemedebistas resistiram a indicação de Serraglio para a pasta. Depois que ele conseguiu aglutinar apoio de outros partidos da base aliada, a sigla fechou questão em apoio ao deputado paranaense. Isso acabou por engrossar o coro a favor de sua nomeação para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o que foi determinante para que Temer batesse o martelo.

"Optamos por ser práticos. Decidimos fechar questão em torno do nome de Serraglio para não correr o risco de perdemos o ministério da Justiça", afirmou  um deputado peemedebista a EXAME.com.

A escolha de um nome do PMDB para a pasta limita a escolha de Temer para o Ministério de Relações Exteriores, que deve ficar com um nome ligado ao PSDB. Por que? Alexandre de Moraes, que era o titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública era do PSDB.

“Como Temer decidiu substituir Moraes por um peemedebista, nada mais natural que o Ministério de Relações Exteriores continue nas mãos do PSDB”, disse um parlamentar peessedebista.

Após o pedido de demissão de José Serra (PSDB-SP), tucanos apresentaram a Temer duas possibilidade para assumir o cargo: o líder do governo no Senado Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o senador José Aníbal (PSDB-SP), que era suplente de Serra na Casa. Temer deve tomar uma decisão final sobre o substituto de Serra na próxima semana.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosMichel TemerMinistério da Justiça e Segurança PúblicaOsmar Serraglio

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar