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Temer diz que assassinato de Marielle é um atentado à democracia

Durante reunião sobre a segurança no Rio, Temer disse que "é inaceitável e inadmissível" o assassinato da vereadora

Michel Temer: o presidente classificou como "um atentado ao estado de direito e à democracia" o assassinato da vereadora (Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)

Michel Temer: o presidente classificou como "um atentado ao estado de direito e à democracia" o assassinato da vereadora (Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2018 às 13h14.

Brasília - O presidente Michel Temer classificou de "um atentado ao estado de direito e à democracia" o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro, que está sob intervenção federal na área de segurança pública.

"O assassinato da vereadora Marielle e do seu motorista Anderson Gomes é inaceitável e inadmissível como todos os demais assassinatos que ocorreram no Rio de Janeiro. É um verdadeiro atentado ao estado de direito e à democracia", disse Temer durante reunião sobre a segurança no Rio convocada para a manhã desta quinta.

"No caso especial que estamos aqui discutindo trata-de de uma representante popular que, ao que sei, fazia manifestações e trabalhos com vistas a preservar a paz e a tranquilidade na cidade do Rio de Janeiro", acrescentou.

Temer convocou uma reunião com os ministros ​Eliseu Padilha, da Casa Civil, Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, secretário-executivo do Ministério da Segurança Pública.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que está em Fortaleza, irá diretamente para o Rio de Janeiro acompanhar os primeiros passos da investigação sobre a morte de Marielle.

"Quero não apenas me solidarizar com a família da Marielle e do Anderson Gomes como com todos aqueles que foram vítimas de violência no Rio de Janeiro, mas salientar que essas quadrilhas, essas organizações criminosas não matarão o nosso futuro. Nós estamos ali no Rio de Janeiro para restabelecer a paz e a tranquilidade", disse Temer, defendendo a intervenção federal no Rio de Janeiro, que completa um mês nesta sexta-feira.

Marielle, de 38 anos e criada no Complexo da Maré, foi alvejada dentro do carro em que estava com outras duas pessoas por um atirador que disparou de um outro carro. O motorista do veículo da parlamentar também morreu, e uma assessora da vereadora ficou ferida.

O caso ocorreu no bairro do Estácio, na zona norte da capital fluminense, e o autor dos disparos fugiu sem levar nada. A motivação do crime está sendo investigada pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio, mas amigos e aliados da deputada disseram que o crime tem características de uma execução.

 

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