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Temer desembarca pela 3ª vez no Nordeste na semana que vem

O presidente tentará reverter a sua baixa popularidade na região que, ainda possui um eleitorado que deu peso aos governos de seus antecessores

Temer: a terceira visita de Temer à região mostra que o presidente trabalha pelo Nordeste (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

Temer: a terceira visita de Temer à região mostra que o presidente trabalha pelo Nordeste (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 18h17.

Brasília - Com a eleição do Congresso na semana que vem "encaminhada com relativa tranquilidade" para o governo, o presidente Michel Temer desembarca na próxima segunda-feira (30), pela terceira vez, no Nordeste, para tentar reverter a sua baixa popularidade na região que, apesar de não mostrar mais tanta fidelidade ao PT, ainda possui um eleitorado que deu peso aos governos de seus antecessores - Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff.

A primeira parada de Temer será na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, e na sequência vai a Floresta, em Pernambuco, onde autorizará a ligação de trechos de estações de bombeamento do Projeto de Integração do São Francisco e fará a assinatura da Ordem de Serviço para elaboração do Projeto do Ramal do Agreste Pernambucano.

Na sequência, Temer vai a Serra Talhada, também em Pernambuco, onde, ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho, irá inaugurar o novo campus do Instituto Federal do Sertão de Pernambuco.

De acordo com Mendonça Filho, a terceira visita de Temer à região mostra que o presidente trabalha pelo Nordeste. "O presidente Temer está mostrando que o Nordeste é sua prioridade com ações", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Além de acelerar e investir nas obras de estrutura hídrica, o governo demonstra a preocupação com o ensino técnico, que vai ajudar a gerar empregos e, consequentemente, na retomada do crescimento".

"Presidente do Nordeste"

Depois de cancelar pelo menos duas agendas na região, Temer foi pela primeira vez ao Nordeste no dia 9 de dezembro, prestes a completar sete meses na Presidência, e com quase quatro meses já efetivo no cargo.

Na ocasião, por conta do receio de vaias e manifestações, a chefia de gabinete do Planalto segurou a divulgação da agenda oficial até a véspera da viagem.

Pelo menos um auxiliar do presidente reconheceu que a iniciativa tinha como intenção privilegiar a imprensa regional que não necessitaria de grandes deslocamentos para realizar a cobertura, e que poderia focar mais no aspecto positivo da agenda, sem destacar, por exemplo, assuntos nacionais, que eventualmente possam trazer algum tipo de desgaste ao governo.

Na sua primeira parada, ele também foi a Pernambuco, mas dessa vez em Surubim, para inspeção e assinatura de atos na barragem de Jucazinho e para a visita da estação de bombeamento do reservatório do Programa de integração de São Francisco.

Na agenda, ele também passou pelos municípios pernambucanos de Salgueiro e Floresta, este último que visitará pela segunda vez.

O objetivo do governo em focar em uma agenda de combate à seca tem como alvo também neutralizar o movimento de Ciro Gomes e do governador do Ceará, Camilo Santana, contra o governo.

Ambos organizam mobilização pela retomada das obras de Transposição do Rio São Francisco para combater a seca.

No mesmo dia, Temer também foi a Fortaleza, onde assinou o decreto de regulamentação da Lei 13.340, referente à liquidação e renegociação de dívidas de crédito rural do Banco do Nordeste.

Em seus discursos de estreia no Nordeste, Temer disse que estava no local para "combater mentiras" e mostrar que a região é "prioridade de seu governo".

Na segunda visita do presidente à região, as declarações de Temer foram ainda mais enfáticas e ele afirmou que gostaria de ser "o maior presidente nordestino que passou pelo Brasil".

Essa segunda agenda aconteceu nos últimos dias de 2016, exatamente no dia 27 de dezembro, quando ele teve agendas em Alagoas.

Na cerimônia de entrega de recursos para a construção de 133,5 mil reservatórios e cisternas, o presidente afirmou que "se, até o final do meu mandato, conseguir levar água para o Nordeste, já estarei satisfeito".

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