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Tebet descarta debate sobre mudança da meta fiscal até o meio do ano

Segundo a ministra do Planejamento, a meta de déficit zero definida para este ano será mantida “pelo menos até o meio do ano”, quando o cenário poderia ser reavaliado

Simone Tebet, ministra do Planejamento (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 31 de março de 2024 às 09h06.

Última atualização em 31 de março de 2024 às 09h07.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, descartou neste sábado, dia 30, qualquer discussão no governo sobre eventuais mudanças na meta fiscal até o meio do ano. As declarações foram feitas em entrevista à CNN Brasil.

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Segundo ela, a meta de déficit zero definida para este ano será mantida “pelo menos até o meio do ano”, quando o cenário poderia ser reavaliado. Sobre 2025, uma possível meta de superávit de 0,5% do PIB ainda será discutida.

– É preciso lembrar que iniciamos 2023 com déficit fiscal de R$ 230 bilhões e tendo que recuperar muitas políticas públicas paralisadas pelo governo anterior – disse a ministra. – Baixamos o déficit e, agora, o objetivo é zerar.

Escolhida para participar do governo como uma “voz dissonante”, especialmente na economia, Tebet disse estar satisfeita com o que viu até agora e celebrou o crescimento econômico registrado no ano passado:

– Meu papel é ser a chata, como um grilo falante.

Ministra quer entender mudança na política monetária

A ministra disse ainda que, apesar de concordar e de ter votado a favor da autonomia do Banco Central (BC), quer entender os motivos pelos quais a autoridade monetária sinalizou uma desaceleração no ritmo dos cortes na taxa Selic.

Perguntada pelos entrevistadores se os juros poderiam ficar abaixo de 9% (conforme as projeções do mercado), Tebet afirmou que esse patamar "não pode ser um piso", ou o Brasil continuará a ter um dos maiores juros reais do mundo.

Questionada sobre supostas interferências do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em empresas privadas e de economia mista, como e Petrobras, Vale, Tebet disse que Lula quer ter “amigos” nessas companhias.

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