Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Maia trava reforma; governo Bolsonaro: avaliação em queda; Trump coloca tarifas em vigor contra China...
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2019 às 07h28.
Última atualização em 10 de maio de 2019 às 08h19.
Trump coloca tarifas em vigor contra China
Conforme prometido, o governo dos Estados Unidos colocou em vigor na primeira hora desta sexta-feira, 10, novas tarifas para produtos chineses, aumentando as taxas de 10% para 25%. “A China lamenta profundamente e não terá outra opção a não ser adotar as necessárias medidas de represália”, disse, em resposta, ministério chinês do Comércio. O aumento das tarifas havia sido suspenso em janeiro pelo presidente norte-americano, Donald Trump, enquanto os dois países negociavam. Na última semana, contudo, Trump afirmou que os chineses “descumpriram o acordo” ao não mudar suas leis. O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, estão na China desde quinta-feira, 9, e concordaram em prosseguir as negociações ao longo do dia.
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Crise para quem?
Apesar das tarifas dos Estados Unidos contra a China terem de fato entrado em vigor, a bolsa chinesa, que fecha antes da abertura dos mercados no Ocidente, fechou em alta nesta sexta-feira. Os índices de Shanghai e Shenzhen fecharam em alta de 3,1% e 3,8% nesta sexta-feira, enquanto o de Hong Kong teve alta de 1%. A explicação é que os investidores esperam que, ao longo do dia, a negociação entre as partes avance. Ainda assim, alguns analistas apontam que o desgaste causado pelo aumento das tarifas piorou a situação de um acordo tão bom quanto o esperado no início do ano.
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Ministro francês: Não há ameaça maior
O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse que a falta de um acordo entre China e EUA poderia fazer com que empregos na Europa e na França sejam “destruídos”. O ministro acredita que “não há maior ameaça ao crescimento mundial” do que a guerra comercial entre as duas potências.
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Governo Bolsonaro: avaliação em queda
O total de pessoas que consideram o governo do presidente Jair Bolsonaro ruim ou péssimo foi de 26% para 31% em abril, segundo pesquisa da corretora XP Investimentos. Bom ou ótimo mantiveram a taxa de 35%. Dentre os nomes do governo, caíram as notas de Sergio Moro (7,3 para 6,5) e do presidente Bolsonaro (6,7 para 5,7). Só o vice-presidente, Hamilton Mourão, viu sua popularidade subir, de 5,5 para 5,6.
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Maia trava reforma
Depois de a comissão mista aprovar na manhã desta quinta-feira, 9, a Medida Provisória 870, que reestrutura a Esplanada dos Ministérios, os partidos do centrão, da oposição e do governo combinaram de votar o texto na Câmara dos Deputados ontem. Mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia, contudo, passou por cima do acordo, colocou outras cinco medidas provisórias na frente da pauta, adiando a votação. O caso foi uma derrota para a articulação do governo. O presidente da Câmara disse que a base aliada precisará se organizar se quiser superar todas as MPs a tempo de votar a 870 dentro do prazo. A MP que diminuiu o número de ministérios no governo Bolsonaro caduca em 3 de junho.
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Revisão nas áreas de proteção ambiental
O governo federal fará uma revisão nas 334 unidades de conservação ambiental no Brasil, segundo informou ao jornal O Estado de S.Paulo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Salles afirmou que as áreas foram criadas “sem nenhum tipo de critério técnico”. Os espaços são atualmente administradas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). As áreas protegidas equivalem a 9,1% do território nacional e a 24,4% da faixa marinha brasileira.
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Temer se entrega à Polícia Federal
O ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou na tarde desta quinta-feira, 9, à sede da Polícia Federal em São Paulo para cumprir a decisão judicial de voltar à prisão. O emedebista deixou sua casa, em Pinheiros, na zona Oeste da capital, acompanhado de seu advogado. Na noite de quarta, Temer havia prometido se entregar voluntariamente, mas estava esperando a expedição do mandado de prisão. No começo da tarde, a justiça determinou que o ex-presidente e o coronel da reserva da Polícia Militar paulista João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima, se apresentassem até as 17 horas de hoje. O desembargador Abel Gomes, presidente da Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), autorizou que ambos fiquem presos em São Paulo. Em 21 de março, eles já haviam sido detidos no âmbito da Operação Descontaminação, a pedido da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
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Rural, BPC e professores estão praticamente fora da reforma
O presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), avaliou nesta quinta-feira, 9, que três temas já estão “praticamente fora” da proposta: as mudanças na aposentadoria rural, a alteração no benefício assistencial para idosos (BPC) e as novas regras para professores. Em todos os casos, partidos fecharam questão contra as propostas do governo. “Eu vejo uma capacidade (do governo) de articulação para aprovar uma reforma com impacto fiscal importante, mas não vejo o governo com capacidade de reverter posições já tomadas por partidos”, afirmou. O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, também afirmou nesta quinta-feira não ter dúvidas de que a reforma da Previdência será votada na comissão especial da Câmara até o início de junho.
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Vitória amarga na África do Sul
O ANC, principal partido da África do Sul e legenda do falecido ex-presidente Nelson Mandela, teve a vitória nas eleições legislativas do país praticamente confirmada nesta sexta-feira. Mas os números não foram tão bons quanto o partido gostaria. A eleição ocorreu na quarta-feira, 8, e, com 77% das urnas apuradas, o partido ficou com 57% dos votos, abaixo do patamar de 60% do qual sempre gozou desde que chegou ao poder, em 1994. O principal partido de oposição, o Aliança Democrática, tem 22% dos votos. A vitória não tão convicente do ANC no Parlamento pode complicar a vida do presidente Cyril Ramaphosa, que chegou ao poder no ano passado após a renúncia do então presidente Jacob Zuma, envolvido em escândalos de corrupção. Os resultados definitivos devem ser divulgados no sábado, 11.
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Por Brumadinho, prejuízo na Vale
A mineradora Vale anunciou prejuízo líquido de 6,4 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2019, ante 5,1 bilhões de reais em lucro no mesmo período do ano passado. O faturamento no período foi de 31 bilhões de reais, mais de 6 bilhões a menos que em 2018. Segundo a empresa, o resultado foi decorrente do impacto da ruptura da barragem em Brumadinho (MG), em janeiro ,que matou ao menos 237 pessoas. A empresa prevê ainda mais de 9 bilhões de reais para programas e acordos de compensação da tragédia, e outros 7 bilhões para reparos nas barragens de rejeito.
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Lucro menor na Azul
Custos operacionais maiores pesaram sobre a companhia aérea Azul no primeiro trimestre de 2019, com a terceira maior companhia aérea do país acusando os efeitos combinados da alta do dólar e do aumento do preço do combustível de aviação. A companhia anunciou nesta quinta-feira, 9, que teve lucro líquido de 137,7 milhões de reais no período, queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, apesar de uma receita significativamente maior. Enquanto a receita líquida cresceu 16%, para 2,54 bilhões de reais, os custos com pessoal subiram 37% em meio à expansão da empresa. Os custos de combustível também subiram 20,8%, enquanto a linha outros custos aumentou 34%, para 224 milhões de reais.
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BB registra maior lucro trimestral de sua história
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de 4,2 bilhões de reais no 1º trimestre de 2019. O resultado representa um aumento de 40.3% na comparação com mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de 3 bilhões de reais. O balanço foi divulgado pela instituição nesta quinta-feira, 9. “Esse foi o maior resultado nominal em um trimestre na história do BB”, informou o banco, em comunicado. O resultado da instituição foi percentualmente maior que de outros três bancos privados no período: O Bradesco cresceu 22,2%, o Santander, 21,9%, e o Itaú, 7%.