Brasil

Tarifa zero no ônibus de SP deve ser adotada aos domingos ou à noite, diz prefeito

A previsão é que a proposta custe de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões por ano

São Paulo (SP), 24/03/2023 - Passageiros embarcam em ônibus na Luz no segundo dia de greve dos metroviários em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (Fernando Frazão/Agência Brasil)

São Paulo (SP), 24/03/2023 - Passageiros embarcam em ônibus na Luz no segundo dia de greve dos metroviários em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 23 de novembro de 2023 às 14h04.

Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 14h20.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira, 23, que avalia adotar a tarifa zero aos domingos ou em períodos noturnos na capital paulista. O objetivo, disse ele, é usar a medida como uma espécie de teste para entender os efeitos da gratuidade da passagem na cidade.

"O que a gente está pensando, e ainda não está definido, é iniciar um processo para sentir como vai ser o comportamento, se a tarifa zero realmente vai trazer um ganho para a economia, um movimento econômico maior", disse o prefeito, ao final de evento realizado na manhã desta quinta-feira, 23.

A previsão é que a proposta custe de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões por ano. Segundo Nunes, a avaliação é que a medida seja incluída já no orçamento do próximo ano. Ele afirmou que tem conversado com o relator do orçamento de 2024 na Câmara Municipal. "São mais de 12 mil ônibus, então qualquer movimento desse tem de ser muito bem pensado", afirmou Nunes.

"A ideia que está mais sendo apreciada é de domingo, que é um dia que não tem tanta movimentação e para o domingo ter o aquecimento da economia. Fazer girar a economia, pensando na geração de emprego, renda e no fortalecimento econômico da cidade", disse.

Queda de passageiros

A medida, segundo Nunes, é avaliada em um contexto de queda de passageiros no transporte público municipal. "Nós tínhamos, em 2019, 9 milhões de passageiros por dia. Hoje, são 7 milhões", disse. "Nós estamos fazendo essas ações, mantendo a tarifa congelada, fazendo reformas de corredor [de ônibus], para poder atrair mais passageiros para o transporte coletivo."

Atualmente, as passagens estão fixadas em R$ 4,40. "Se vai ter aumento ou não, ainda não sei. Preciso sentar com o governador Tarcísio [de Freitas], tem toda uma questão da integração de CPTM e de Metrô. Mas nós precisamos atingir essa meta, que é aumentar o número de passageiros."

No começo deste mês, o município de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, instituiu a gratuidade nas linhas de ônibus municipais. A isenção da tarifa é válida para as oito linhas geridas pela Viação Padre Eustáquio (Vipe), concessionária de transportes do município do ABC paulista. Foi a terceira cidade da Grande São Paulo a instituir a tarifa zero nos ônibus municipais. A primeira foi Vargem Grande Paulista, em 2019. Um ano depois, foi a vez de Pirapora do Bom Jesus.

Acompanhe tudo sobre:TarifasÔnibussao-paulo

Mais de Brasil

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia

Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia

PF abre inquérito para apurar supostas irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas

Natal tem previsão de chuvas fortes em quase todo o país, alerta Inmet