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STF suspende decisão do TJ de SP e autoriza continuidade de PPPs de escolas no estado

Decisão do Supremo garante a execução do projeto da administração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Tarcísio de Freitas: decisão do STF favorece iniciativa do governador para PPP nas escolas de São Paulo (Governo do Estado de SP/Divulgação)
Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 19 de março de 2025 às 19h28.

Última atualização em 19 de março de 2025 às 19h29.

O Supremo Tribunal Federal ( STF ) acatou uma medida cautelar que suspende uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) que havia determinado o bloqueio da licitação para a Parceria Público-Privada (PPP) das Novas Escolas , iniciativa da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que envolve a concessão administrativa de serviços não pedagógicos em escolas estaduais.

A medida foi emitida pelo ministro Luís Roberto Barroso nesta terça-feira, 19, após um pedido da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE).

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Na decisão, Barroso reconheceu que a paralisação da execução contratual representaria um risco grave à ordem pública e à política educacional do Estado, impactando negativamente a qualidade do ambiente escolar e a oferta de vagas.

Com a nova decisão, fica garantida a continuidade dos contratos de PPP, que preveem a construção de 33 novas unidades de ensino fundamental e médio, além da prestação de serviços como limpeza, vigilância, conservação e alimentação escolar.

O governo de São Paulo afirma que a decisão evita atrasos no cronograma de construção das escolas, que devem criar 34.580 novas vagas na rede estadual de ensino até 2026.

O Brasil tem mais de 100 projetos de PPPs de escolas. Especialistas afirmam que o número de leilões realizados nos próximos dois anos deve triplicar.

Entenda o projeto

A PPP das Novas Escolas prevê a construção de 33 unidades escolares no Estado de São Paulo, divididas em dois lotes: Leste, com 16 escolas, e Oeste, com 17. No total, 29 municípios serão beneficiados, oferecendo quase 35 mil novas vagas em tempo integral para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio na rede estadual.

Os investimentos estimados para a concessão, que terá duração de 25 anos, somam R$ 2,1 bilhões, segundo informações do governo do Estado de São Paulo.

Nesta parceria, o setor privado será responsável por desenvolver centros educacionais alinhados às diretrizes da administração pública. O objetivo é tornar a gestão escolar mais eficiente, reduzindo custos e garantindo uma alocação mais estratégica dos recursos. Com isso, gestores e professores poderão concentrar-se nas atividades pedagógicas.

Para assegurar a qualidade, as escolas também serão submetidas a avaliações periódicas com base em notas de desempenho. Esse procedimento permitirá o monitoramento contínuo da operação da futura concessionária, envolvendo a comunidade escolar no processo de avaliação. Os resultados dessas análises impactarão diretamente a remuneração da empresa responsável, incentivando a excelência na execução dos serviços.

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