Fechamento de serviços: governo de SP determina que regiões do interior suspendam flexibilização por avanço da doença (Wagner Meie/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 26 de junho de 2020 às 14h27.
Última atualização em 26 de junho de 2020 às 18h57.
O governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira, 26, que o novo coronavírus segue perdendo força na capital, mas avança com rapidez pelo interior do estado.
Por isso, na nova fase do Plano São Paulo, as regiões que englobam os municípios de Franca, Araçatuba, Bauru, Sorocaba e Piracicaba regrediram para a fase vermelha do plano, em que apenas serviços essenciais são autorizados a funcionar. Comércio, shopping centers, escritórios, concessionárias e outras atividades deverão voltar a fechar.
As regiões de Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Marília e Registro seguem na etapa de maior restrição. As mudanças valem a partir da próxima segunda-feira, 29, e dependem de decretos dos prefeitos de cada município. O sexto período de quarentena no estado vai até o dia 14 de julho.
"O que o Plano São Paulo tem de mais importante é em não padronizar a quarentena para situações epidemiológicas distintas. Fica claro que há uma redução da evolução da doença na capital e uma piora no interior", sustentou João Gabbardo, secretário executivo do Centro de Contingência.
De acordo com avaliação do comitê da covid-19, não foi a capacidade hospitalar que forçou a volta do isolamento mais restrito, mas sim a evolução dos casos confirmados.
De acordo com um monitoramento do governo, os índices da doença já são maiores no interior do que na capital. Nesta sexta-feira, 26, o estado chegou a 258.508 casos confirmados (47,2% na capital ante 52,8% no interior). Já o acumulado de óbitos está em 13.966 (49,9% na capital ante 50,6% no interior).
Além das restrições nas regiões com alta de casos, a cidade de São Paulo e mais 14 municípios da região metropolitana foram autorizados a abrir bares e restaurantes a partir da próxima segunda-feira, 29.
No entanto, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que, por enquanto, não vai autorizar o funcionamento dos bares e restaurantes: “O Comitê de Contingência nos sugeriu esperar uma semana para que os números se confirmem. E nós vamos esperar”, disse.
Segundo ele, a prefeitura vai assinar o protocolo com os setores na semana que vem para começar a valer a partir do dia 6 de julho.
Salões de beleza e barbearias também podem voltar a funcionar, mas ainda precisam do aval do poder público municipal, o que deve ocorrer na próxima semana, segundo Covas.