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SP confirma 60 mortes por febre amarela desde janeiro de 2017

Desse total, 50 óbitos decorrem de casos autóctones, em que os pacientes se contaminaram no próprio Estado

Febre amarela: Ações de bloqueio, incluindo a vacinação de casa em casa, foram realizadas numa área de 500 metros no entorno do local da residência da vítima (James Gatany/Wikimedia Commons)

Febre amarela: Ações de bloqueio, incluindo a vacinação de casa em casa, foram realizadas numa área de 500 metros no entorno do local da residência da vítima (James Gatany/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 20h31.

Sorocaba/Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira, 29, a primeira morte por febre amarela na região de Sorocaba, no interior.

A vítima é de Piedade, município da região, e teria adquirido o vírus na zona rural, segundo a Vigilância Epidemiológica municipal. Agora, já são 60 as mortes causadas pela febre amarela no Estado desde janeiro de 2017, segundo boletim divulgado pela secretaria.

Desse total, 50 óbitos decorrem de casos autóctones, em que os pacientes se contaminaram no próprio Estado. Há ainda dois óbitos acontecidos em outros Estados em que as vítimas teriam se contaminado em Mairiporã, na Grande São Paulo. Outras oito mortes suspeitas estão em investigação.

Depois da confirmação da primeira morte em Piedade, voltou a crescer a procura pela vacina contra a doença nos postos de saúde da região. Nos postos de vacinação de Piedade, as filas começaram por volta das 3h30.

Até as 11 horas, os estoques previstos para o dia já tinham sido aplicados. A prefeitura informou que mais de 90% da população já foram imunizados.

Ações de bloqueio, incluindo a vacinação de casa em casa, foram realizadas numa área de 500 metros no entorno do local da residência da vítima. A população da zona rural, onde houve a morte de macacos, também foi imunizada.

Em Porto Feliz, na mesma região, a Secretaria de Saúde confirmou nesta segunda-feira o atendimento a um caso de febre amarela na Santa Casa local. O paciente é morador de Sorocaba, mas teria adquirido a doença durante viagem a Mairiporã, cidade da região metropolitana de São Paulo que já registrou seis mortes pela doença. O homem recebeu alta e passa bem. Ele é morador do Jardim Maria Eugênia, na região norte de Sorocaba, mas procurou atendimento em Porto Feliz porque uma parente trabalha como enfermeira naquele hospital.

Sorocaba já investiga outro caso de febre amarela, também importado, segundo a Secretaria da Saúde. Moradores das regiões oeste e sul da cidade estão sendo vacinados. Nesta segunda, foram registradas grandes filas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Escola, no bairro Santa Rosália, e nos três postos volantes de vacinação.

Em todo o Estado, desde janeiro de 2017, foram notificados 364 casos suspeitos de febre amarela em humanos. Destes, 165 foram confirmados e 132 são autóctones, em que os pacientes adquiriram a doença dentro do Estado.

Rio

Subiu para nove o número de mortos no Rio de Janeiro por febre amarela silvestre (que é transmitida em área de mata pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes). O Estado registrou até esta segunda 27 casos da doença. O município mais atingido é Valença, com 13 ocorrências e quatro óbitos, seguido de Teresópolis, com quatro casos e dois mortes.

A doença já foi registrada também em Nova Friburgo, Petrópolis, Miguel Pereira, Duas Barras, Rio das Flores, Vassouras, Sumidouro e Cantagalo.

Não há registros de febre amarela urbana no País, que é transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942.

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