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SP aposta em terapia para recuperar viciados em crack

Popularidade, menor custo em relação a outras drogas e alto poder de dependência são os principais fontes do aumento do uso de crack

Assim como o crack (foto), o oxi é capaz de viciar nas primeiras vezes em que é consumido (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 10h42.

São Paulo - O uso da mistura da cocaína com bicarbonato de sódio, o crack, é responsável por 40% dos atendimentos realizados pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São José dos Campos, a 80 km de São Paulo. A cidade tem o maior índice de presença da droga entre as cidades do interior, 47,6%.

Popularidade, menor custo em relação a outras drogas e alto poder de dependência são os principais fatores que inverteram a ordem de atendimentos no Caps nos últimos anos, quando o álcool chegou a ser responsável por 80% dos atendimentos. Hoje o alcoolismo responde por 44% dos atendimentos.

De acordo com Patrícia Minari, coordenadora do Caps, o perfil dos viciados atendidos pelo centro pode ser traçado como sendo de 80% homens até 35 anos, geralmente com uma família desestruturada, sem emprego.

"Temos outros casos, até mesmo pessoas com boa situação e família, mas o perfil que a droga leva é degradante", ressalva. A procura por tratamento aumentou acentuadamente nos últimos dois anos.

Deixar o vício não é tarefa fácil. "O crack tem um potencial de deixar a pessoa dependente rapidamente, é uma droga altamente destrutiva", afirma.


O Centro oferece trabalhos em grupo e atendimento individualizado. Com plantões de acolhimento diário, 480 pessoas são atendidas por mês, além do trabalho realizado com as famílias. O índice de sucesso no tratamento, de pessoas que chegaram viciadas e deixaram de usar drogas, é baixo, apenas 20% de acordo com a coordenadora.

"Sempre dizemos aqui, a melhor forma de sair da droga é não entrar nela", diz.

Internações

As dependências mais graves são tratadas em clínicas e hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). O Centro de Valorização da Vida (CVV) de São José dos Campos conta com 47 leitos para o SUS e 12 leitos particulares, com ocupação média de 95%. O período de tratamento em média leva 30 dias e depois o viciado retorna ao Caps para continuação do atendimento.

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São Paulo - O uso da mistura da cocaína com bicarbonato de sódio, o crack, é responsável por 40% dos atendimentos realizados pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São José dos Campos, a 80 km de São Paulo. A cidade tem o maior índice de presença da droga entre as cidades do interior, 47,6%.

Popularidade, menor custo em relação a outras drogas e alto poder de dependência são os principais fatores que inverteram a ordem de atendimentos no Caps nos últimos anos, quando o álcool chegou a ser responsável por 80% dos atendimentos. Hoje o alcoolismo responde por 44% dos atendimentos.

De acordo com Patrícia Minari, coordenadora do Caps, o perfil dos viciados atendidos pelo centro pode ser traçado como sendo de 80% homens até 35 anos, geralmente com uma família desestruturada, sem emprego.

"Temos outros casos, até mesmo pessoas com boa situação e família, mas o perfil que a droga leva é degradante", ressalva. A procura por tratamento aumentou acentuadamente nos últimos dois anos.

Deixar o vício não é tarefa fácil. "O crack tem um potencial de deixar a pessoa dependente rapidamente, é uma droga altamente destrutiva", afirma.


O Centro oferece trabalhos em grupo e atendimento individualizado. Com plantões de acolhimento diário, 480 pessoas são atendidas por mês, além do trabalho realizado com as famílias. O índice de sucesso no tratamento, de pessoas que chegaram viciadas e deixaram de usar drogas, é baixo, apenas 20% de acordo com a coordenadora.

"Sempre dizemos aqui, a melhor forma de sair da droga é não entrar nela", diz.

Internações

As dependências mais graves são tratadas em clínicas e hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). O Centro de Valorização da Vida (CVV) de São José dos Campos conta com 47 leitos para o SUS e 12 leitos particulares, com ocupação média de 95%. O período de tratamento em média leva 30 dias e depois o viciado retorna ao Caps para continuação do atendimento.

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