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SP amplia testagem da vacina chinesa e reforça aplicação em dezembro

Mais quatro cidades brasileiras vão participar dos testes que passam a envolver 13 mil voluntários, todos profissionais da saúde

 (Governo de São Paulo/Divulgação)

(Governo de São Paulo/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 13h55.

Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 14h46.

A vacina contra a covid-19 do laboratório chinês Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, será testada em mais quatro cidades brasileiras: Barretos, Cuiabá, Campo Grande e Pelotas. Atualmente, a fase de testes clínicos é feita em 12 centros de saúde de cinco estados, além do Distrito Federal. Com a ampliação, o total passa de 9.000 para 13.000 voluntários, todos profissionais da saúde.

Mesmo com mais pessoas participando da fase de testes clínicos, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), garantiu, como já anunciado, o cumprimento do cronograma que prevê a finalização da testagem no dia 13 de outubro e o começo da aplicação em dezembro de 2020. Os 46 milhões de habitantes do estado de São Paulo serão vacinados contra a covid-19 até fevereiro de 2021.

De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, até a quinta-feira, 24, 6.000 voluntários foram vacinados na fase 3 de testes, que vai comprovar se ela é eficaz. Na quarta-feira, 23, foi divulgado um estudo preliminar, com 50.000 chineses, que indicou a ocorrência de efeitos colaterais em apenas 5,3% dos voluntários.

Na parcela que apresentou alguma reação, a maior parte foi de apenas uma dor no local da aplicação (3,08%). Os sintomas mais graves foram fadiga (1,53%) e febre (0,21%), o que era esperado pelos pesquisadores. Os resultados preliminares mostraram ainda que a vacina tem uma eficácia de 98%. O dado é similar ao já visto em grupos específicos de voluntários, como o de idosos.

Fábrica no Brasil

Além da importação, São Paulo vai construir uma fábrica com capacidade de produzir 120 milhões de doses da vacina. De acordo com a previsão feita pelo governo de São Paulo, as obras serão iniciadas em novembro deste ano e o projeto executivo já foi contratado.

Parte do investimento — 160 milhões de reais — vem da iniciativa privada. Outra parte do dinheiro, no valor de 80 milhões de reais, foi prometida pelo Ministério da Saúde.

 

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