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Romer defende educação como solução para males brasileiros

O economista americano Paul Romer faz uma defesa veemente de investimentos em educação para melhora econômica e social

Paul Romer: "A coisa mais importante que o governo pode fazer nesse novo mundo é ajudar a elevar a qualificação das pessoas, o que vai gerar maior renda” (Lilian Sobral/ EXAME.com)

Paul Romer: "A coisa mais importante que o governo pode fazer nesse novo mundo é ajudar a elevar a qualificação das pessoas, o que vai gerar maior renda” (Lilian Sobral/ EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 11h46.

São Paulo - Pode parecer clichê ou utopia, mas o economista americano Paul Romer garante que, se o Brasil investir em educação fundamental, os resultados poderão ser vistos em relativamente poucos anos. E serão vistos em termos de crescimento econômico.

“A primeira medida a ser tomada é criar um sistema de avaliação continuada”, disse no EXAME Fórum. Para Romer, é preciso haver uma maneira de testar se os programas governamentais realmente funcionam e encontrar um feedback deles. “Os professores também precisam ser avaliados. Algumas pessoas são melhores em ensinar do que outras é nós conseguimos distinguir essas pessoas”, diz.

De acordo com o economista, a avaliação tem de ser frequente, individual e os resultados têm de estar públicos. Romer explica que os pais vão se beneficiar desse sistema e participar mais da educação dos filhos - justamente porque vão buscar melhores resultados para os filhos.

Além disso, o economista defende as escolas em tempo integral: “todo sistema de sucesso escolar no mundo tem esse esquema e há evidências de que quanto mais as crianças participam do ambiente escolar de maneira ativa, mais aprendem”.

Para Romer, os efeitos dessas mudanças poderão ser vistos em dez anos, com mão de obra mais qualificada e inovadora, pronta para entrar no mercado de trabalho.

População adulta - O economista não deixou de lado a população mais adulta do Brasil e reiterou a importância de melhorar as qualificações desses trabalhadores.

“É preciso aumentar os trabalhos formais e qualificar as pessoas, mesmo porque hoje há mais pessoas jovens do que pequenas crianças”, diz. Para ele, se o governo melhorar o ensino e as condições de emprego dessa faixa, a economia vai mudar substancialmente.

“Um exemplo a ser seguido é o de Cingapura, ou muitos outros países asiáticos, onde o governo trouxe indústrias estrangeiras que deram oportunidade e qualificaram as pessoas”, afirma.


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