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Site cria máscaras de políticos do Brasil para o Halloween

Publicitários fazem protesto inusitado contra a corrupção e disponibilizam máscaras de políticos para download

Homem usa máscara de Eduardo Cunha feita por dupla de publicitários (Movimento Halloween)

Homem usa máscara de Eduardo Cunha feita por dupla de publicitários (Movimento Halloween)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 10h33.

São Paulo – Uma dupla de publicitários paulistas aproveitou o Dia das Bruxas, comemorado no próximo sábado, para fazer um protesto inusitado contra a corrupção no Brasil: disponibilizar para download modelos de máscaras de políticos brasileiros feitas sob medida para a data.

Segundo o texto introdutório do site do Movimento Halloween, fantasias de bruxa, vampiro e lobisomem já não assustam mais. Para resolver o impasse, a dupla resolveu criar máscaras para homenagear “pessoas que fizeram verdadeiras monstruosidades e deixam qualquer brasileiro com frio na espinha”, afirma o texto.

Na lista de máscaras editadas por Alexandre Freire e Maicon Pinheiro, idealizadores da página, há desde imagens com referências a Eduardo Cunha até a presidente Dilma Rousseff, passando pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Envolvidos no escândalo do Mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto, também estão na lista, além de nomes consagrados pelas investigações da Operação Lava Jato – como o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.

“Temos uma memória muito curta”, afirma Alexandre Freire, um dos criadores do site, a EXAME.com. “A nossa ideia é fazer as pessoas não se esquecerem na hora de votar. É uma brincadeira muito séria”.

Crise x Halloween

Consagradas por sua popularidade durante o Carnaval, as máscaras de políticos não atraíram os clientes que buscavam fantasias para o Halloween na Condal, a mais tradicional fabricante de artigos do tipo do Brasil.

Na verdade, segundo Albert Paris, gerente de vendas da empresa, a procura por referências do tipo diminuiu neste ano. “Os políticos não estão vendendo muito bem”, diz.

A mesma lógica vale para os negócios da Condal, que viu seu volume de vendas para o Halloween cair 30% com relação ao ano passado. Segundo Paris, os clientes estão temerosos com a crise.

A expectativa é de que a máscara de Eduardo Cunha, que deve sair do forno no final de novembro, mude essa sina no próximo ano. 

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