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Sindicato decide tirar ônibus das ruas após ataques em Natal

A PM confirma que dois veículos foram atacados nesta quarta, mas o sindicato fala em seis incêndios

Ônibus: o ataque aconteceu em Mãe Luiza, onde 30 minutos depois, nas imediações da Praia do Meio, um ônibus também foi atacado (Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 21h13.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 09h14.

Natal - O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte (Sintro-RN) decidiu retirar todos os veículos de circulação das ruas da cidade na noite desta quarta-feira, 18, depois que ônibus foram queimados.

A PM confirma que dois veículos foram atacados nesta quarta, mas o sindicato fala em seis incêndios.

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A Polícia Militar informou ao Estado que os crimes têm relação com a disputa entre as facções. O Sintro-RN chegou a falar em seis ataques, mas não detalhou onde nem como eles teriam acontecido.

De acordo com o tenente Emerson Menezes, do 1º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da zona leste, um carro a serviço do governo teve um princípio de incêndio após criminosos abordarem e expulsarem o motorista.

Segundo o oficial, testemunhas informaram que os suspeitos pareciam menores. O ataque aconteceu em Mãe Luiza, onde 30 minutos depois, nas imediações da Praia do Meio, um ônibus também foi atacado.

"Cinco suspeitos com rostos cobertos entraram e mandaram o motorista descer, ateando fogo no veículo na sequência", disse o tenente. Mãe Luiza é o bairro onde ocorreu a fundação do Sindicato do Crime e a polícia acredita que isso possa representar a ligação com a facção.

Os incêndios criminosos, de acordo com a polícia, teriam relação com a disputa entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime (SDC), facção potiguar rival e aliada ao Comando Vermelho.

"Eles fazem isso para demonstrar poder de fogo e para intimidar. Mas a PM está na rua e vamos prender esses criminosos", informou Menezes. Questionado se o ato teria relação com a briga em Alcaçuz, o tenente disse que "está tudo ligado".

Durante o tumulto na frente da cadeia na noite desta terça-feira, 17, as familiares dos presos repetiam que os ataques continuariam caso a transferência se concretizasse.

A facção é apontada como a responsável por 108 ataques, entre eles incêndios contra veículos, em 38 cidades do Estado entre julho e agosto do ano passado em reação à instalação de bloqueadores de sinal de celular na Penitenciária de Parnamirim, na Grande Natal.

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