Brasil

Sindicância para apurar fraude em CPI arquiva processo

Comissão concluiu que “não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos” e decidiu arquivar o processo


	Presidente da Petrobras, Graça Foster, durante depoimento da CPI que investiga denúncias de irregularidades na estatal
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Presidente da Petrobras, Graça Foster, durante depoimento da CPI que investiga denúncias de irregularidades na estatal (Antonio Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 13h44.

Brasília - A comissão de sindicância instalada no Senado para apurar denúncia publicada pela revista Veja de manipulação dos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras concluiu que “não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos” e decidiu arquivar o processo.

Segundo a revista, a presidenta da estatal, Graça Foster; o ex-presidente José Sergio Gabrielli e o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró "tiveram acesso antecipado" e foram treinados para responder perguntas dos senadores que investigam a existência de irregularidades na Petrobras.

A nota da Assessoria de Imprensa da Casa infirma ainda que a comissão de sindicância funcionou por 37 dias, tomou 14 depoimentos, investigou as caixas-postais de correio eletrônico dos envolvidos, verificou o controle de acesso aos arquivos eletrônicos confidenciais, examinou os documentos consultados nas reuniões da CPI e analisou os vídeos dos depoimentos, por diferentes câmeras, bem como o vídeo que originalmente fundamentou a denúncia.

Entre as pessoas ouvidas pela sindicância está Paulo Argenta, assessor especial do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, além de três funcionários da Petrobras: o chefe do escritório em Brasília, José Eduardo Barrocas; o advogado Bruno Ferreira e o chefe do Departamento Jurídico do escritório em Brasília, Leonan Calderaro Filho. Eles aparecem em um vídeo, mostrado por Veja, conversando sobre as perguntas que seriam formuladas.

A solicitação de abertura de sindicância foi feita pelo presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). À época – no ofício encaminhado ao presidente da Casa, senador Renan Calheiros, e o ao diretor-geral, Luiz Fernando Bandeira de Mello –, ele pediu a “instauração de sindicância com a finalidade de apurar a ocorrência de irregularidade administrativa”.

O senador também pediu investigação pela Polícia Federal. Três servidores de carreira do Senado foram designados, pela Diretoria-Geral da Casa, para fizer parte da comissão de sindicância: o consultor legislativo especialista em direito penal Tiago Ivo Odon, o analista da Secretaria-Geral da Mesa e especialista em direito eleitoral Marcelo Inácio de Aranha Menezes e o analista da primeira-secretaria, especialista em direito legislativo e processual, José Mendonça de Araújo Filho.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGás e combustíveisGraça FosterIndústria do petróleoMulheres executivasPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP