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Sindicalistas aprovam ida de Lula para o Gabinete Civil

Presidente da FUP, por exemplo, disse que o nome do ex-presidente é “uma grande indicação”


	Lula e FUP: o secretário-geral do Sindipetro disse que a indicação de Lula é “interessante e bom para o país”
 (Ricardo Stuckert / Instituto Lula)

Lula e FUP: o secretário-geral do Sindipetro disse que a indicação de Lula é “interessante e bom para o país” (Ricardo Stuckert / Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 16h40.

Rio de Janeiro - O presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Maria Rangel, aprovou a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Gabinete Civil da Presidência da República.

Falando hoje (16) à Agência Brasil, ele avaliou que no momento em que o país “está dividido e os Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo) estão em conflito, a única pessoa que tem a capacidade de tentar reaglutinar o povo é o ex-presidente Lula, pelo mandato que ele fez, pela aprovação ao seu governo e pela capacidade de dialogar com diversos setores da sociedade”.

Por isso, disse, o nome de Lula é “uma grande indicação”.

O secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Emanuel Cancella, disse que a indicação de Lula é “interessante e bom para o país”, porque o ex-presidente vai ser o porta-voz das reivindicações “que vêm da base da sociedade”.

As mudanças que ocorrerem irão ao encontro da base social do partido, afirmou.

Descartou, porém, que o fato de Lula ter aceitado compor o governo Dilma seja uma forma de se blindar das investigações da Operação Lava Jato, conduzidas pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba.

“O pessoal sempre vai falar isso”, destacou, completando que Lula não é o único ex-presidente a adotar essa estratégia. Citou o caso de Vladimir Putin, da Rússia, que comandou o país diversas vezes, ora como presidente, ora como primeiro-ministro.

Cancella salientou a responsabilidade de Lula na eleição de Dilma Rousseff - “foi ele quem indicou ela”.

Acrescentou que, a despeito da capacidade técnica da presidente, de ser “uma pessoa idônea e ter uma história de luta no país, politicamente ela tem dificuldade porque nunca exerceu um cargo político”.

A ida de Lula para a Casa Civil, que “Dilma ouve com muito respeito”, dará “esse salto de qualidade e colocará o ingrediente da política do Brasil, que é o que eu acho que está faltando”.

Procurada pela Agência Brasil, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) comunicou que não comentaria a nomeação do ex-presidente Lula para o governo Dilma Rousseff.

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