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Setor de serviços cresce 0,1% em agosto e registra sétima alta consecutiva, diz IBGE

Segmentos como transportes, serviços prestados às famílias e outros serviços são os principais motores da alta

Setor de serviços: segmentos como transportes, serviços prestados às famílias e outros serviços são os principais motores da alta (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Setor de serviços: segmentos como transportes, serviços prestados às famílias e outros serviços são os principais motores da alta (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Agência Brasil
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Publicado em 14 de outubro de 2025 às 10h31.

Última atualização em 14 de outubro de 2025 às 10h52.

O setor de serviços cresceu 0,1% na passagem de julho para agosto, alcançando uma série de sete meses seguidos de alta, na qual acumula expansão de 2,6%. O resultado coloca o segmento — que reúne atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação — no maior patamar já registrado, renovando o recorde que havia sido atingido em julho.

A sequência de sete meses de expansão é a mais longa desde o período compreendido entre fevereiro e setembro de 2022. Na época, o crescimento somou 5,6%.

No acumulado de 12 meses até agosto de 2025, os serviços — setor que mais emprega na economia — apresentam crescimento de 3,1%. Na comparação com agosto do ano passado, houve alta de 2,5%.

Recorde e crescimento após pandemia

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados de agosto colocam o segmento em um nível 18,7% acima do período pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020).

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, "a leitura é de um setor de serviços que permanece resiliente, forte, que renova a série histórica".

Alta em quatro de cinco atividades do setor

Das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro apresentaram alta na passagem de julho para agosto:

  • Serviços prestados às famílias: 1%
  • Serviços profissionais e administrativos: 0,4%
  • Transportes, armazenagem e correio: 0,2%
  • Outros serviços: 0,6%
  • Serviços de informação e comunicação: 0,5%

A pesquisa do IBGE aponta como principal impacto positivo de agosto os serviços profissionais, administrativos e complementares. A atividade foi puxada por empresas que atuam na área de programas de fidelidade e cartões de desconto, atividades jurídicas e aluguel de máquinas e equipamentos.

No caso dos transportes, segmento responsável pelo segundo maior impacto de alta, a expansão é explicada pelo desempenho do transporte rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas, logística e dutoviário. Parte do protagonismo do transporte é explicado pelo bom momento da agricultura, que demanda transporte da colheita.

O grupo serviços prestados às famílias foi influenciado positivamente por atividades de restaurantes, serviços de buffet e hotéis. O segmento outros serviços foi empurrado para cima por serviços financeiros auxiliares.

Setor de turismo também em alta

A Pesquisa Mensal de Serviços traz ainda o índice de atividades turísticas (Iatur), que subiu 0,8% em agosto, na comparação com o mês anterior. Em relação a agosto de 2024, houve alta de 4,6%.

O segmento de turismo está 11,5% acima do patamar pré-pandemia e 2% abaixo do ponto mais alto da série histórica, em dezembro de 2024.

O Iatur reúne 22 das 166 atividades de serviços investigadas na pesquisa e que são ligadas à atividade turística, como hotéis, agências de viagens e transporte aéreo de passageiros.

São divulgadas informações de 17 unidades da Federação: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Alagoas e Rio Grande do Norte.

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