Sessão da CCJ é encerrada a pedido da oposição
Com o pedido de partidos como PCdoB e PSOL, o presidente do colegiado teve de encerrar a sessão e aguardar que o quórum mínimo de 34 deputados seja atingido
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de outubro de 2017 às 11h25.
Brasília - Inconformados com o quórum baixo entre os governistas, a oposição exigiu a abertura de novo painel de registro de presença na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para seguir a sessão de debates sobre a segunda denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer . O pedido atrasará o andamento dos trabalhos na CCJ nesta quarta-feira, 18.
Com o pedido de partidos como PCdoB e PSOL, o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), teve de encerrar a sessão e aguardar que o quórum mínimo de 34 deputados seja atingido para abrir nova sessão. Até o momento, menos de 20 deputados registraram presença no novo painel.
A CCJ convocou nesta manhã duas sessões: uma para votar rapidamente as emendas ao projeto de lei Orçamentária de 2018 que serão encaminhadas à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e outra para seguir na apreciação da denúncia.
A primeira sessão começou com uma hora de atraso, justamente por falta de quórum, e foi concluída com uma votação relâmpago. Na sequência, os oposicionistas reclamaram que a base aliada não está participando dos debates e exigiu a abertura de novo painel, ou seja, que os deputados que marcaram presença e saíram da comissão remarquem as presenças.
"Viver é escolher prioridades. E a prioridade absoluta é a conclusão dos debates. Tem 10 deputados aqui. Aquele painel é uma farsa", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), numa referência aos 48 deputados que apareciam no painel com presença confirmada.
Os líderes governistas reclamam que a oposição não está cumprindo o acordo de procedimentos firmado anteriormente para que não houvesse obstrução na apreciação da denúncia.