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Servidores refutam privatização da Cedae e mantêm protesto

A Presidência da Alerj decidiu adiar tanto a votação quanto reunião entre líderes partidários sobre o projeto de lei que autoriza a privatização da Cedae

Alerj: a privatização da Cedae é a primeira das medidas de contrapartida exigidas pelo governo federal no plano de recuperação fiscal (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Alerj: a privatização da Cedae é a primeira das medidas de contrapartida exigidas pelo governo federal no plano de recuperação fiscal (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 20h48.

Rio de Janeiro - O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio (Muspe) anunciou que está mantido o protesto marcado para esta terça-feira, 14, às 10 horas, em frente à sede da Assembleia Legislativa (Alerj).

Mais cedo, a Presidência da Alerj decidiu adiar, ainda sem informar nova data, tanto a votação quanto uma reunião entre líderes partidários sobre o projeto de lei que autoriza a privatização da Cedae, estatal de águas e esgoto.

A privatização da Cedae é a primeira das medidas de contrapartida exigidas pelo governo federal no plano de recuperação fiscal do Estado a ser enviada à Alerj.

O projeto autoriza o governo estadual a privatizar a Cedae, dada como garantia para novos empréstimos, no valor de até R$ 3,5 bilhões, com aval da União.

"O ato é para toda a população do Estado do Rio de Janeiro. As esposas de diversos policiais militares já confirmaram presença", diz um trecho da nota divulgada há pouco pelo Muspe, numa referência ao movimento de familiares de policiais que, desde a última sexta-feira, têm feito protesto em frente a batalhões da Polícia Militar (PM) em diversas cidades fluminenses. Em alguns casos, os policiais foram impedidos de entrar e sair.

Na nota, o Muspe se diz contrário à privatização da Cedae e ao "pacote de maldades" exigidos pelo governo federal como contrapartida ao plano de recuperação fiscal. "Ao contrário do que diz o presidente da Alerj (Jorge Picciani), o governo não dispõe de ampla maioria", diz a nota.

"Sucessivas denúncias envolvendo o governador Luiz Fernando Pezão em mais uma fase da Lava Jato diminuem a credibilidade do governo e enfraquecem uma decisão final dos deputados a respeito da privatização da Cedae", continua o texto.

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