Servidores do INSS em Pernambuco protestam contra reforma
De acordo com o coordenador-geral do Sindsprev, José Bonifácio do Monte, cerca de 400 pessoas participaram da mobilização
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 15h45.
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social ( INSS ), movimentos sociais e sindicatos representantes de trabalhadores urbanos e rurais protestaram, na manhã desta quinta-feira (16), em Pernambuco , contra a extinção do Ministério da Previdência Social e a reforma da Previdência planejada pelo governo do presidente interino Michel Temer.
No Recife, o ato durou toda a manhã, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev-PE) com o apoio de organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e sindicatos de outras categorias.
De acordo com o coordenador-geral do Sindsprev, José Bonifácio do Monte, cerca de 400 pessoas participaram da mobilização, realizada em frente à Gerência Executiva do INSS em Pernambuco, no bairro de Santo Amaro.
No interior, os maiores protestos foram em Caruaru, Petrolina e Garanhuns, onde funcionam gerências regionais do INSS no estado.
O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Paulo Roberto Rodrigues Santos, afirma que 60 municípios tiveram alguma mobilização durante a manhã.
Os protestos fazem parte do Ato Nacional em Defesa da Previdência Social, do SUS e dos Direitos dos Trabalhadores.
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores é a volta do status de ministério da Previdência Social, agora vinculada ao Ministério da Fazenda.
“É um ministério muito forte, tem mais de 90 anos e agora é relegado a segundo plano”, critica José Bonifácio do Monte.
Mudanças na Previdência também são alvo de críticas, como aumentar a idade mínima para aposentadoria de 60 para 65 anos para homens, e 55 para 60 anos para mulher.
Até então, a idade é usada em um cálculo onde se leva em conta também o tempo de serviço da pessoa. A idade pode ser menor caso o tempo de contribuição seja maior que 30 anos.
Trabalhador Rural
No caso dos agricultores familiares, que têm direito a se aposentar cinco anos antes, há o temor de que isso também seja modificado.
“Quando o governo trata da questão da elevação da idade já encaramos como um grande retrocesso. E hoje está previsto na Constituição Federal que o agricultor familiar possa se aposentar cinco anos mais cedo que as demais categorias, o que também seria prejudicado”, avalia o vice-presidente da Fetape, Paulo Roberto.
A desvinculação do reajuste da aposentadoria e de benefícios concedidos pelo INSS ao salário mínimo também é criticada. Na prática, segundo os representantes, os valores pagos poderão ser menores que o menor salário admitido no Brasil.
“Ele está mostrando que quer fazer um desmonte da Previdência. Eles querem precarizar o serviço para depois terceirizar, entregar na mão dos bancos privados. Você só vai receber benefício até um valor pequeno. Se quiser receber mais tem que buscar os bancos privados. Essa é a intenção”, argumenta José Bonifácio.
Os movimentos rurais também aproveitaram para protestar contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“Era um ministério específico de fortalecimento de políticas públicas para a agricultura familiar”, justifica o representante da Fetape. Todas as mobilizações foram encerradas até o início da tarde.
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social ( INSS ), movimentos sociais e sindicatos representantes de trabalhadores urbanos e rurais protestaram, na manhã desta quinta-feira (16), em Pernambuco , contra a extinção do Ministério da Previdência Social e a reforma da Previdência planejada pelo governo do presidente interino Michel Temer.
No Recife, o ato durou toda a manhã, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev-PE) com o apoio de organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e sindicatos de outras categorias.
De acordo com o coordenador-geral do Sindsprev, José Bonifácio do Monte, cerca de 400 pessoas participaram da mobilização, realizada em frente à Gerência Executiva do INSS em Pernambuco, no bairro de Santo Amaro.
No interior, os maiores protestos foram em Caruaru, Petrolina e Garanhuns, onde funcionam gerências regionais do INSS no estado.
O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Paulo Roberto Rodrigues Santos, afirma que 60 municípios tiveram alguma mobilização durante a manhã.
Os protestos fazem parte do Ato Nacional em Defesa da Previdência Social, do SUS e dos Direitos dos Trabalhadores.
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores é a volta do status de ministério da Previdência Social, agora vinculada ao Ministério da Fazenda.
“É um ministério muito forte, tem mais de 90 anos e agora é relegado a segundo plano”, critica José Bonifácio do Monte.
Mudanças na Previdência também são alvo de críticas, como aumentar a idade mínima para aposentadoria de 60 para 65 anos para homens, e 55 para 60 anos para mulher.
Até então, a idade é usada em um cálculo onde se leva em conta também o tempo de serviço da pessoa. A idade pode ser menor caso o tempo de contribuição seja maior que 30 anos.
Trabalhador Rural
No caso dos agricultores familiares, que têm direito a se aposentar cinco anos antes, há o temor de que isso também seja modificado.
“Quando o governo trata da questão da elevação da idade já encaramos como um grande retrocesso. E hoje está previsto na Constituição Federal que o agricultor familiar possa se aposentar cinco anos mais cedo que as demais categorias, o que também seria prejudicado”, avalia o vice-presidente da Fetape, Paulo Roberto.
A desvinculação do reajuste da aposentadoria e de benefícios concedidos pelo INSS ao salário mínimo também é criticada. Na prática, segundo os representantes, os valores pagos poderão ser menores que o menor salário admitido no Brasil.
“Ele está mostrando que quer fazer um desmonte da Previdência. Eles querem precarizar o serviço para depois terceirizar, entregar na mão dos bancos privados. Você só vai receber benefício até um valor pequeno. Se quiser receber mais tem que buscar os bancos privados. Essa é a intenção”, argumenta José Bonifácio.
Os movimentos rurais também aproveitaram para protestar contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“Era um ministério específico de fortalecimento de políticas públicas para a agricultura familiar”, justifica o representante da Fetape. Todas as mobilizações foram encerradas até o início da tarde.