Serraglio nega ter indicado servidor envolvido na Carne Fraca
O ministro foi acusado pela senadora Kátia Abreu de tê-la pressionado pela manutenção de Daniel Gonçalves Filho na superintendência da pasta no PR
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de março de 2017 às 21h51.
Última atualização em 21 de março de 2017 às 21h51.
Brasília - O ministro da Justiça, Osmar Serraglio , rebateu a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que o acusou de tê-la pressionado pela manutenção de Daniel Gonçalves Filho na superintendência da pasta no Paraná.
Em nota, Serraglio disse que a indicação de Daniel - alvo da Operação Carne Fraca - foi feita pelo então deputado Moacir Micheletto - morto em acidente de carro, em 2012 - e "chancelada" pela bancada do PMDB no Paraná.
Serraglio disse que Kátia, à época ministra da Agricultura, admitiu em discurso no plenário que só manteria o superintendente regional no cargo se ele fosse apoiado por senadores do PMDB.
"Sobre a resistência em nomear, deu-se por haver divergências políticas entre ela (Kátia) e a maioria da bancada, que era a favor do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff", escreveu o ministro.
Serraglio disse ainda que, sempre que um assunto envolvendo Daniel precisou ser tratado no governo, "foi feito em nome da bancada, nunca de forma individualizada".
O ministro destacou que Daniel não ocupava o cargo de superintende regional do Ministério da Agricultura no Paraná há mais de um ano.