Sérgio Reis estreia em política com ajuda de Russomanno
O cantor sertanejo estreia no Congresso no ano que vem graças à altíssima votação de seu correligionário de PRB
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2014 às 13h01.
São Paulo - Sergio Reis diz estar pronto para ir para Brasília: "É uma nova aventura, né? Um desafio". O cantor sertanejo, de 74 anos, estreia no Congresso no ano que vem graças à altíssima votação de seu correligionário de PRB Celso Russomanno.
O xerife do consumidor obteve 1.524.361 votos e puxou para a Câmara dos Deputados mais três candidatos, além de Reis e seus 45.330 votos, que não seriam suficientes para atingir o quociente e elegê-lo sozinho.
Políticos mais votados, como o experimentado Roberto Freire, presidente do PPS, que obteve 62.823 votos, ficaram de fora. "Não sou político de carreira, sou político para ajudar o povo", diz o cantor, justificando a entrada tardia na política.
A falta de traquejo parlamentar não assusta o novato, nem a possibilidade de se ver manipulado por políticos mais experientes. "Eles que se preparem para mim. Não tem essa de mais velho, mais experiente. Ou é safado ou é honesto", diz Reis. E emenda, um tom mais alto: "Se vier com conversa fiada comigo, leva na cara!".
Entre as bandeiras que Reis diz querer levantar no Congresso estão a do endurecimento das leis e a moralização da política. É a favor, por exemplo, da redução da maioridade penal. "Temos de imitar o que é bom nos Estados Unidos. Se o menor cometeu crime, tem de ir preso. Mas aí vem o tal 'direitos humanos'", diz ele. "Acabei de ver no Datena um rapaz morto com tiro, na frente de casa. Pergunta se o cara dos direitos humanos foi falar com a mãe dele? Claro que não."
Outro tema que mobiliza o deputado eleito é a melhoria da saúde. O Hospital do Câncer de Barretos tem um pavilhão com o seu nome, ao lado de pavilhões com os nomes de Zezé Di Camargo & Luciano, Leandro & Leonardo, e outros famosos.
Reis, que já superou um câncer, costuma fazer shows beneficentes para arrecadar fundos para o hospital. "A saúde está um caos. Rodo o País há 55 anos, falta remédio, equipamento, estrutura. É uma vergonha. Fico irritado, nervoso mesmo, só de falar nisso."
O cantor diz ter boas relações com diversos políticos: "São todos meus amigos. O Serra, o Alckmin, o Lula, que vai nos meus shows". No 2.º turno, seu voto vai para outro amigo, o candidato Aécio Neves (PSDB). "Ele tem defeitos, é claro. Mas nasceu para a política, é muito experiente." O PRB, partido de Reis, é da base aliada de Dilma Rousseff (PT).
A nova rotina, na Câmara, não deve afetar a carreira artística de Reis. "Trabalho terça, quarta e quinta para o povo e faço shows sexta, sábado e domingo para pagar minhas contas. É bom porque Brasília tem voo para todo o canto do País." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Sergio Reis diz estar pronto para ir para Brasília: "É uma nova aventura, né? Um desafio". O cantor sertanejo, de 74 anos, estreia no Congresso no ano que vem graças à altíssima votação de seu correligionário de PRB Celso Russomanno.
O xerife do consumidor obteve 1.524.361 votos e puxou para a Câmara dos Deputados mais três candidatos, além de Reis e seus 45.330 votos, que não seriam suficientes para atingir o quociente e elegê-lo sozinho.
Políticos mais votados, como o experimentado Roberto Freire, presidente do PPS, que obteve 62.823 votos, ficaram de fora. "Não sou político de carreira, sou político para ajudar o povo", diz o cantor, justificando a entrada tardia na política.
A falta de traquejo parlamentar não assusta o novato, nem a possibilidade de se ver manipulado por políticos mais experientes. "Eles que se preparem para mim. Não tem essa de mais velho, mais experiente. Ou é safado ou é honesto", diz Reis. E emenda, um tom mais alto: "Se vier com conversa fiada comigo, leva na cara!".
Entre as bandeiras que Reis diz querer levantar no Congresso estão a do endurecimento das leis e a moralização da política. É a favor, por exemplo, da redução da maioridade penal. "Temos de imitar o que é bom nos Estados Unidos. Se o menor cometeu crime, tem de ir preso. Mas aí vem o tal 'direitos humanos'", diz ele. "Acabei de ver no Datena um rapaz morto com tiro, na frente de casa. Pergunta se o cara dos direitos humanos foi falar com a mãe dele? Claro que não."
Outro tema que mobiliza o deputado eleito é a melhoria da saúde. O Hospital do Câncer de Barretos tem um pavilhão com o seu nome, ao lado de pavilhões com os nomes de Zezé Di Camargo & Luciano, Leandro & Leonardo, e outros famosos.
Reis, que já superou um câncer, costuma fazer shows beneficentes para arrecadar fundos para o hospital. "A saúde está um caos. Rodo o País há 55 anos, falta remédio, equipamento, estrutura. É uma vergonha. Fico irritado, nervoso mesmo, só de falar nisso."
O cantor diz ter boas relações com diversos políticos: "São todos meus amigos. O Serra, o Alckmin, o Lula, que vai nos meus shows". No 2.º turno, seu voto vai para outro amigo, o candidato Aécio Neves (PSDB). "Ele tem defeitos, é claro. Mas nasceu para a política, é muito experiente." O PRB, partido de Reis, é da base aliada de Dilma Rousseff (PT).
A nova rotina, na Câmara, não deve afetar a carreira artística de Reis. "Trabalho terça, quarta e quinta para o povo e faço shows sexta, sábado e domingo para pagar minhas contas. É bom porque Brasília tem voo para todo o canto do País." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.