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Senadores se unem para votar contra ajuste fiscal

Grupo suprapartidário lança manifesto e anuncia voto contra MPs 665 e 664

Manifestantes protestam durante votação das medidas do ajuste fiscal (Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 18h30.

Brasília - Um grupo de 11 senadores de diversos partidos da base governista e independentes apresentou hoje (20) um manifesto contra a política econômica do governo e anunciou que votará contra a Medida Provisória 665.

A MP é a primeira do ajuste fiscal a ser votada no Senado. A medida trata de mudanças no acesso dos trabalhadores a benefícios como seguro-desemprego e abono salarial.

“Nós vamos votar contra o ajuste para dizer que existe uma parte da sociedade, dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, que querem que o governo dê certo, mas para isso tem que mudar o rumo”, disse o senador petista Lindbergh Faria (RJ).

Mais enfático ao expressar a insatisfação do grupo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que ele “daria um ótimo ministro da Fazenda do governo do PSDB, mas não de um governo que se propõe a ser de esquerda”.

Além de se comprometerem a votar contra a MP 665, os senadores podem propor  mudanças na MP 664, que trata do acesso de trabalhadores a benefícios como a pensão por morte.

No entanto, como a Câmara incluiu no texto uma emenda que modifica as regras do fator previdenciário, que é apoiada pelo grupo, eles não devem votar contra a medida para garantir a aprovação da emenda.

Segundo o senador Paulo Paim, se a presidente Dilma Rousseff vetar a mudança no fator, ela sofrerá nova derrota quando o veto for votado pelo Congresso.

“Não é mais voto secreto, agora o voto é aberto. Você acha que algum deputado ou senador, na votação do veto, vai votar contra [as mudanças no] fator? Não vai", disse.

As duas medidas provisórias do ajuste fiscal não devem ser as únicas matérias relacionadas à política econômica que enfrentarão a resistência dos senadores. Segundo Lindbergh, esse é apenas o começo de uma nova postura entre os senadores aliados ao governo.

“Eu e muita gente da sociedade civil que votou na Dilma, começa a entender o seguinte: para esse governo dar certo, nós temos que fazer o enfrentamento público dessa política econômica que vai nos levar a uma grande recessão”, disse o senador petista.

O manifesto é assinado pelos senadores Lindbergh Faria (PT-RJ), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Roberto Requião (PMDB-PR), Cristovam Buarque (PDT-DF), Lídice da Mata (PSB-BA), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), João Capiberibe (PSB-AP), Roberto Rocha (PSB-MA), Hélio José (PSD-DF) e Marcelo Crivela (PRB-RJ).

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Brasília - Um grupo de 11 senadores de diversos partidos da base governista e independentes apresentou hoje (20) um manifesto contra a política econômica do governo e anunciou que votará contra a Medida Provisória 665.

A MP é a primeira do ajuste fiscal a ser votada no Senado. A medida trata de mudanças no acesso dos trabalhadores a benefícios como seguro-desemprego e abono salarial.

“Nós vamos votar contra o ajuste para dizer que existe uma parte da sociedade, dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, que querem que o governo dê certo, mas para isso tem que mudar o rumo”, disse o senador petista Lindbergh Faria (RJ).

Mais enfático ao expressar a insatisfação do grupo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que ele “daria um ótimo ministro da Fazenda do governo do PSDB, mas não de um governo que se propõe a ser de esquerda”.

Além de se comprometerem a votar contra a MP 665, os senadores podem propor  mudanças na MP 664, que trata do acesso de trabalhadores a benefícios como a pensão por morte.

No entanto, como a Câmara incluiu no texto uma emenda que modifica as regras do fator previdenciário, que é apoiada pelo grupo, eles não devem votar contra a medida para garantir a aprovação da emenda.

Segundo o senador Paulo Paim, se a presidente Dilma Rousseff vetar a mudança no fator, ela sofrerá nova derrota quando o veto for votado pelo Congresso.

“Não é mais voto secreto, agora o voto é aberto. Você acha que algum deputado ou senador, na votação do veto, vai votar contra [as mudanças no] fator? Não vai", disse.

As duas medidas provisórias do ajuste fiscal não devem ser as únicas matérias relacionadas à política econômica que enfrentarão a resistência dos senadores. Segundo Lindbergh, esse é apenas o começo de uma nova postura entre os senadores aliados ao governo.

“Eu e muita gente da sociedade civil que votou na Dilma, começa a entender o seguinte: para esse governo dar certo, nós temos que fazer o enfrentamento público dessa política econômica que vai nos levar a uma grande recessão”, disse o senador petista.

O manifesto é assinado pelos senadores Lindbergh Faria (PT-RJ), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Roberto Requião (PMDB-PR), Cristovam Buarque (PDT-DF), Lídice da Mata (PSB-BA), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), João Capiberibe (PSB-AP), Roberto Rocha (PSB-MA), Hélio José (PSD-DF) e Marcelo Crivela (PRB-RJ).

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