Senadores querem PEC para novas eleições e o impeachment
A ideia dos seis senadores é que a proposta tramite paralelamente ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2016 às 20h20.
Um grupo de seis senadores anunciou hoje (18) que apresentará ainda esta semana uma proposta de emenda à Constituição para que sejam realizadas novas eleições presidenciais em outubro deste ano.
A ideia dos senadores Walter Pinheiro (sem partido-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), João Capiberibe (PSB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF) é que a proposta tramite paralelamente ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
“A ideia da PEC não é interromper o processo de impeachment, até porque, legalmente, isso não pode ser feito. Se tivermos de tocar a PEC com a presidente afastada, tudo bem”, esclareceu Pinheiro.
Segundo o senador, a preocupação do grupo é com o que acontecerá depois que a presidente for afastada e, se for o caso, definitivamente impedida pelo Congresso Nacional.
“O problema é o dia seguinte. Se quem vai ficar terá condição de resolver o problema do Brasil”, disse.
Assinaturas
O texto da PEC ainda está sendo construído e deve ser apresentado na quarta-feira (20), quando o grupo começará a recolher as 27 assinaturas necessárias para que ela comece a tramitar.
Para o senador Randolfe Rodrigues, a expectativa é que a sugestão receba a adesão do povo que está nas ruas e que quer o afastamento de Dilma, mas não se vê representado pelo vice-presidente Michel Temer.
“As ruas não estão rejeitando somente a Dilma. Estão rejeitando o Temer também. A posse dele é uma tentativa de fraude à vontade das urnas”, afirmou o líder da Rede.
Conforme Randolfe, toda a linha sucessória da Presidência da República está “contaminada” pelas denúncias de corrupção e pela crise política.
Para conseguir apoio dentro do Congresso, a estratégia do grupo é conversar com todos os partidos políticos, inclusive PT, PSDB e “aqueles que são capazes de ouvir” no PMDB, segundo Randolfe.
Nessas conversas deve ser definido se a PEC vai propor um mandato tampão de dois anos, de modo que as eleições voltem ao padrão em 2018; um mandato normal de quatro anos, a contar a partir do ano que vem; ou um mandato de seis anos para emendar com as eleições gerais de 2022.
Além das 27 assinaturas para início da tramitação, a PEC precisará de 49 votos em cada um dos dois turnos de votação a que será submetida no Senado.
Depois, ela seguirá para a Câmara dos Deputados, onde também será submetida a dois turnos de votação e precisará ser aprovada por três quintos dos deputados.
Eleições
Mais cedo, a ex-candidata à Presidência da República e porta-voz da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, divulgou nota criticando Michel Temer e os presidentes da Câmara e do Senado, os dois seguintes na linha sucessória.
Marina defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pela cassação da chapa que ganhou as eleições de 2014 e o Brasil seja levado a novas eleições diretas.
“A população tem o direito de dar a palavra final, agora sabendo de tudo o que ficou oculto em 2014, e escolher um novo governo para coordenar os imensos esforços que o Brasil terá de fazer para tirar o país da crise”, acrescentou a nota.
O texto conclui afirmando que “a saída” passa pelo TSE. “Nem Dilma, nem Temer. Por uma nova eleição”, destacou Marina Silva.
Um grupo de seis senadores anunciou hoje (18) que apresentará ainda esta semana uma proposta de emenda à Constituição para que sejam realizadas novas eleições presidenciais em outubro deste ano.
A ideia dos senadores Walter Pinheiro (sem partido-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), João Capiberibe (PSB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF) é que a proposta tramite paralelamente ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
“A ideia da PEC não é interromper o processo de impeachment, até porque, legalmente, isso não pode ser feito. Se tivermos de tocar a PEC com a presidente afastada, tudo bem”, esclareceu Pinheiro.
Segundo o senador, a preocupação do grupo é com o que acontecerá depois que a presidente for afastada e, se for o caso, definitivamente impedida pelo Congresso Nacional.
“O problema é o dia seguinte. Se quem vai ficar terá condição de resolver o problema do Brasil”, disse.
Assinaturas
O texto da PEC ainda está sendo construído e deve ser apresentado na quarta-feira (20), quando o grupo começará a recolher as 27 assinaturas necessárias para que ela comece a tramitar.
Para o senador Randolfe Rodrigues, a expectativa é que a sugestão receba a adesão do povo que está nas ruas e que quer o afastamento de Dilma, mas não se vê representado pelo vice-presidente Michel Temer.
“As ruas não estão rejeitando somente a Dilma. Estão rejeitando o Temer também. A posse dele é uma tentativa de fraude à vontade das urnas”, afirmou o líder da Rede.
Conforme Randolfe, toda a linha sucessória da Presidência da República está “contaminada” pelas denúncias de corrupção e pela crise política.
Para conseguir apoio dentro do Congresso, a estratégia do grupo é conversar com todos os partidos políticos, inclusive PT, PSDB e “aqueles que são capazes de ouvir” no PMDB, segundo Randolfe.
Nessas conversas deve ser definido se a PEC vai propor um mandato tampão de dois anos, de modo que as eleições voltem ao padrão em 2018; um mandato normal de quatro anos, a contar a partir do ano que vem; ou um mandato de seis anos para emendar com as eleições gerais de 2022.
Além das 27 assinaturas para início da tramitação, a PEC precisará de 49 votos em cada um dos dois turnos de votação a que será submetida no Senado.
Depois, ela seguirá para a Câmara dos Deputados, onde também será submetida a dois turnos de votação e precisará ser aprovada por três quintos dos deputados.
Eleições
Mais cedo, a ex-candidata à Presidência da República e porta-voz da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, divulgou nota criticando Michel Temer e os presidentes da Câmara e do Senado, os dois seguintes na linha sucessória.
Marina defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pela cassação da chapa que ganhou as eleições de 2014 e o Brasil seja levado a novas eleições diretas.
“A população tem o direito de dar a palavra final, agora sabendo de tudo o que ficou oculto em 2014, e escolher um novo governo para coordenar os imensos esforços que o Brasil terá de fazer para tirar o país da crise”, acrescentou a nota.
O texto conclui afirmando que “a saída” passa pelo TSE. “Nem Dilma, nem Temer. Por uma nova eleição”, destacou Marina Silva.