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Senadores e advogada trocam ofensas em comissão

Bate-boca marcou os trabalhos da Comissão do Impeachment durante oitiva de ex-ministro da presidente Dilma

Comissão do Impeachment: o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB) teve dificuldade para controlar o plenário e reiniciar os trabalhos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 21h50.

Um bate-boca marcou os trabalhos da Comissão Processante do Impeachment hoje (27), durante a oitiva do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, como testemunha de defesa da presidenta afastada, Dilma Rousseff .

Depois de ter dito em plenário que o juiz que determinou a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, tinha sido orientando pela advogada de acusação do processo de impeachment, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), voltou a levantar o assunto durante a reunião da comissão.

“Não me constrange nem um pouco vir aqui, nem me intimida estar aqui. Nem os comentários que aqui foram feitos, ou comentários soltos, de professora orientadora de tese de juiz de primeiro grau que quis intimidar o Senado da República”, disse Gleisi.

O comentário da senadora levou a advogada Janaína Paschoal a fazer um pedido de resposta, alegando a necessidade de defender a própria honra. Janaína disse que as “ilações” sobre o posicionamento eventualmente político do juiz Paulo Bueno de Azevedo, que conduz as investigações da Operação Custo Brasil, foram levantadas inicialmente pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e negou que tenha ingerência sobre decisões judiciais.

“As pessoas medem as outras pela própria régua. Como os petistas têm vassalos, e não orientandos, acreditam que os outros professores também exigem que as pessoas se ajoelhem. Os meus orientandos são juízes, promotores, advogados, pesquisadores, das mais diversas orientações ideológicas. Eles nunca se submeteram a mim. Eles nunca me deram uma satisfação, a não ser da própria pesquisa. Porque o meu papel na universidade é formar pessoas de cabeças livres. Por isso, tenho orientandos inclusive petistas”, afirmou.

Em seguida, Lindbergh Farias usou o microfone para acusar Janaína de usar a comissão para se posicionar politicamente, evitando o debate jurídico em torno de eventual crime de responsabilidade que tenha sido cometido por Dilma.

O senador disse que a advogada tinha sido contratada pelo PSDB e não estava ali por idealismo.

"A senhora começou nesse processo por R$ 45 mil. Foi por isso que a senhora começou. Contratada pelo PSDB, sim. Agora é a idealista. Não venha com esta!.”

A acusação gerou nova reação de Janaína, que questionou Lindbergh sobre os R$ 2 milhões que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter repassado ao senador.

“Eu não sou processado, eu respondo a inquérito. E tenho certeza de que vou provar a minha inocência nesse processo todo”, respondeu o parlamentar.

O presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB) teve dificuldade para controlar o plenário e reiniciar os trabalhos. Ao fim, Lira ficou de analisar uma questão de ordem apresentada pelo líder do PT, Humberto Costa (PE), sobre os limites da atuação da advogada na comissão.

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Um bate-boca marcou os trabalhos da Comissão Processante do Impeachment hoje (27), durante a oitiva do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, como testemunha de defesa da presidenta afastada, Dilma Rousseff .

Depois de ter dito em plenário que o juiz que determinou a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, tinha sido orientando pela advogada de acusação do processo de impeachment, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), voltou a levantar o assunto durante a reunião da comissão.

“Não me constrange nem um pouco vir aqui, nem me intimida estar aqui. Nem os comentários que aqui foram feitos, ou comentários soltos, de professora orientadora de tese de juiz de primeiro grau que quis intimidar o Senado da República”, disse Gleisi.

O comentário da senadora levou a advogada Janaína Paschoal a fazer um pedido de resposta, alegando a necessidade de defender a própria honra. Janaína disse que as “ilações” sobre o posicionamento eventualmente político do juiz Paulo Bueno de Azevedo, que conduz as investigações da Operação Custo Brasil, foram levantadas inicialmente pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e negou que tenha ingerência sobre decisões judiciais.

“As pessoas medem as outras pela própria régua. Como os petistas têm vassalos, e não orientandos, acreditam que os outros professores também exigem que as pessoas se ajoelhem. Os meus orientandos são juízes, promotores, advogados, pesquisadores, das mais diversas orientações ideológicas. Eles nunca se submeteram a mim. Eles nunca me deram uma satisfação, a não ser da própria pesquisa. Porque o meu papel na universidade é formar pessoas de cabeças livres. Por isso, tenho orientandos inclusive petistas”, afirmou.

Em seguida, Lindbergh Farias usou o microfone para acusar Janaína de usar a comissão para se posicionar politicamente, evitando o debate jurídico em torno de eventual crime de responsabilidade que tenha sido cometido por Dilma.

O senador disse que a advogada tinha sido contratada pelo PSDB e não estava ali por idealismo.

"A senhora começou nesse processo por R$ 45 mil. Foi por isso que a senhora começou. Contratada pelo PSDB, sim. Agora é a idealista. Não venha com esta!.”

A acusação gerou nova reação de Janaína, que questionou Lindbergh sobre os R$ 2 milhões que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter repassado ao senador.

“Eu não sou processado, eu respondo a inquérito. E tenho certeza de que vou provar a minha inocência nesse processo todo”, respondeu o parlamentar.

O presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB) teve dificuldade para controlar o plenário e reiniciar os trabalhos. Ao fim, Lira ficou de analisar uma questão de ordem apresentada pelo líder do PT, Humberto Costa (PE), sobre os limites da atuação da advogada na comissão.

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